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Região de São Carlos demite 1,6 mil na indústria

22/01/2015 05h39 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Região de São Carlos demite 1,6 mil na indústria

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Centro das Indústrias no Estado de São Paulo (Ciesp) em São Carlos – região composta por 12 municípios – apresentou resultado negativo no mês de dezembro do ano passado. A variação ficou em -4,14%, o que significou uma queda de aproximadamente 1.600 postos de trabalho.

No ano, o acumulado representou um acumulado negativo de 3,21%, ou queda de aproximadamente 1.250 postos de trabalho.

O índice do nível de emprego industrial na Diretoria Regional do CIESP em São Carlos foi influenciado pelas variações negativas dos setores de produtos alimentícios (-6,77%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,41%); produtos têxteis (-4,77%) e produtos de minerais não-metálicos (-1,46%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do índice total da região.

SÃO PAULO – A indústria de São Paulo demitiu 128,5 mil funcionários em 2014, o equivalente a uma perda de 4,9% do emprego do setor no ano, segundo pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Somente em dezembro de 2014, a indústria paulista demitiu 40 mil funcionários. O número, porém, é menor quando comparado aos de outras demissões ocorridas no mês de dezembro de outros anos. Em dezembro de 2008, por exemplo, o saldo negativo chegou a 121 mil.  

De acordo com Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, a queda menos expressiva em dezembro do ano passado é resultado de uma antecipação das demissões ao longo de 2014 em meio ao cenário adverso.

A situação do emprego industrial no ano passado – a mais delicada desde 2006, início da pesquisa – foi ainda pior que a de 2009, auge da crise financeira mundial, quando o setor manufatureiro registrou uma queda de 4,5% do índice naquele ano.

O diferencial entre os cenários de 2009 e 2014 é a recuperação dos empregos ocorrida no ano da crise, um movimento que não deve se repetir em 2015, segundo Francini.

“A partir da metade do ano [passado] já começávamos a ver esse panorama para 2014. Entramos em 2015 com a indústria muito fragilizada e não vemos a menor possibilidade de 2015 ser um ano de recuperação como 2010 foi para 2009”, projeta Francini ao analisar uma provável retomada dos empregos este ano.

Parte da falta de perspectiva de recuperação para o ano, segundo Francini, deriva da elevação da taxa de juros, do já sabido ajuste fiscal do governo, da retirada de alguns subsídios como os concedidos à energia, e o seu impacto no consumo, e do aumento de impostos. Além disso, o salário real do trabalhador não deve apresentar crescimento significativo.

“Há uma pressão em cima do gasto público e já houve a redução dos gastos por parte dos ministérios. E isso significa menos dinheiro sendo colocado na economia, enquanto a taxa de juros deve crescer ainda. Portanto, este é um ano em que a atividade econômica vai ser negativamente afetada. Esse é o desenho para 2015 e o problema do desemprego será um grande tema”, avalia Francini. “Todo ajuste não é agradável, mas é preciso.” (*com assessoria do Ciesp)

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