Retorno antecipado de alunos não aumenta lucro de comerciantes
Com a antecipação da volta das aulas na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), comerciantes tentam aos poucos se recuperarem do prejuízo causado pela greve que ocorreu em 2012 por quase quatro meses, somando as paralisações dos professores e técnicos administrativos.
Na época, comerciantes, que têm como público alvo estudantes universitários, reclamavam da queda brusca no movimento, chegando a cerca de 90%.
De acordo com proprietário do Pão de Queijo, João Luiz Borges, desde o recomeço das aulas, em setembro de 2012, até agora, o movimento no comércio aumentou cerca de 80%, mesmo assim as vendas são poucas, os salgados e sucos são os produtos mais vendidos.
“Muitos alunos estão correndo com trabalhos e provas, por isso não conseguem ter muito tempo para vir até aqui. Apenas fazem um lanche e vão embora”, comenta o proprietário.
Borges acredita que o movimento voltará a ficar melhor assim que se iniciarem as aulas deste ano, para alunos veteranos e novatos. “Todos estarão mais tranquilos e com tempo para os estudos”, diz.
Rogério Johansen, proprietário da Fast Copy, diz que o movimento retornou apenas 60% depois da greve, já que o conteúdo das aulas é menor, por ser mais resumido para se adequar ao tempo que os alunos têm de recuperação. “Os alunos voltaram aos poucos, porém o conteúdo das disciplinas está mais compacto, o que não aumenta tanto o nosso trabalho de fotocópias em livros ou outros materiais”, explica Johansen.
O proprietário também já espera queda novamente para o próximo mês, já que os estudantes entram novamente em recesso, para que retornem em março iniciando o calendário 2013.
Com duas lojas localizadas no interior da universidade, Rogério diz que a queda do movimento e dos lucros na área será iminente, pois hoje, com tantos recursos tecnológicos, os alunos começarão a utilizá-los com mais frequência e disponibilidade.
Segundo Johansen, há um projeto de disponibilizar o acesso a internet durante as aulas para que os alunos acompanhem o conteúdo disciplinar, sem necessidade da impressão ou cópia de material impresso.
Com isso a estimativa é que cada vez mais os alunos deixem de realizar o serviço de impressão e cópia de material impresso, com isso, a baixa de faturamento e outros gastos acabam sendo repassados no valor dos serviços.
Borges também diz ficar preocupado com as consequências que as greves trazem, além disso, a cada ano a demanda de alunos aumenta e requer mais investimentos e melhorias no atendimento.
“Aos poucos vamos tentando melhorar o ponto, para atender os novos alunos e oferecer mais opções de serviços”, ressalta o proprietário.
As aulas na U fscar São Carlos não ficaram paralisadas por 4 meses.