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Setor público tem superávit primário de R$ 10,337 bi

31/05/2013 16h12 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Setor público tem superávit primário de R$ 10,337 bi

O setor público brasileiro registrou superávit primário de 10,337 bilhões de reais no mês passado, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 31. Apesar da boa melhora em relação a março, quando o superávit foi de 3,5 bilhões de reais, o resultado foi o pior para meses de abril desde 2004.

 

Em 12 meses até abril, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,89 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O BC informou ainda que o resultado nominal foi deficitário em 7,679 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35,4 por cento do PIB.

Os juros nominais somaram 18,017 bilhões de reais, superior aos 17,224 bilhões de reais desembolsados em igual mês do ano anterior.

De forma desagregada, o primário registrado em abril decorreu do superávit de 7,065 bilhões de reais feito pelo governo central (formado por Tesouro, Banco Central e Previdência Social) e pelo superávit de 3,414 bilhões de reais feito pelos Estados e municípios. As estatais apuraram déficit de 141 milhões de reais.

O governo vem adotando uma política fiscal expansionista no esforço para melhorar o crescimento econômico. Primeiro, flexibilizou mais a meta de superávit primário, permitindo que também Estados e municípios possam abater os investimentos em suas metas de primário.

Na sequência, anunciou contingenciamento de 28 bilhões de reais no Orçamento deste ano, praticamente a metade dos 55 bilhões de reais adotados em 2012. Além disso, o governo prevê o abatimento de 45 bilhões de reais de despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações da meta de primário fixada para este ano, de 155,9 bilhões de reais para o setor público consolidado.

Em meio a questionamentos de que a política fiscal expansionista é inflacionária, o BC elevou na última quarta-feira a taxa básica de juros Selic em 0,50 ponto percentual, a 8 por cento ao ano. Isso ocorreu mesmo após a divulgação de que a economia brasileira havia crescido apenas 0,6 por cento no primeiro trimestre deste ano, abaixo do esperado.

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