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Skaf fala da redução do valor da conta de luz

01/09/2012 15h55 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Skaf fala da redução do valor da conta de luz

A última versão do plano de redução do custo de energia elétrica, que deve ser anunciado este mês pelo governo federal, prevê um corte médio de 20% nas contas das indústrias e de 10% nas dos consumidores domésticos. A medida ainda não está totalmente fechada porque o governo ainda calcula se poderá abrir mão da receita de tributos que seriam cortados para reduzir o custo.

 

Em entrevista ao Primeira Página, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que um dos motivos da economia brasileira ter projeção de crescimento de  1,5% este ano que corresponde a 12 pontos percentuais menor que 2011, esta na tributação excessiva. “Hoje produzir no Brasil está muito caro e nós já perdemos competitividade, o preço pago pela energia, o gás e a logística mostram a falta de infraestrutura do País”, disse ao ressaltar que entra nessa ciranda os altos juros do mercado financeiro.

Skaf esta a frente da campanha energia a preço justo, cuja meta é a redução de pelo menos20% do valor pago pelo consumidor da energia. “Nossa proposta era levar o governo a reduzir em 30%, mas a resistência do Planalto mostra que a indústria pode chegar a 20%. Contudo o ideal é que qualquer brasileiro, independente de ser empresários ou trabalhador tenha a mesma redução no reajuste da energia”, declarou.

“Apesar do Brasil tem 80% da matriz energética vinda da hidroelétrica – a forma mais barata do mundo de produzir energia – o preço que o consumidor paga  na conta de luz é o terceiro mais caro do mundo. Uma contradição”.

Este é um dos fatores que leva o País a perder competitividade  na indústria dentro do cenário internacional, na avaliação de Skaf. “A expectativa é que este mês, a luta de mais de um ano que eu pessoalmente, tenho liderado, resulte um sucesso com o governo assentindo e reduzir a conta de luz em pelo menos 20% para todos os brasileiros”projetou.

O presidente da Fiesp analisou que o governo federal indica que está sensibilizado com a proposta. “Mas temos de nos lembrar que em 1995 as concessionárias de energia tiveram seus contratos de energia renovados aos preços praticados anteriormente, sem redução”, relembrou.

A presidente Dilma Rousseff disse apostar na medida para dar novo fôlego à economia e garantir, no próximo ano, um crescimento de pelo menos 4%. A redução da tarifa passaria a valer em 2013 e atenderia a uma das maiores reclamações do empresariado, que aponta um preço maior da eletricidade brasileira em relação ao que pagam concorrentes em outros países.

 

Dilma promete baixar o custo da energia no país

O plano começou a ser elaborado depois de uma reunião, no início do ano, entre a presidente e um grupo de grandes empresários, na qual Dilma prometeu baixar o custo da energia no país.

Além da retirada de encargos federais que encarecem o custo de eletricidade, a redução da tarifa deve vir por meio de negociação com as atuais concessionárias de usinas hidrelétricas.

Os contratos vencem em 2015 e, pela lei atual, elas iriam a um novo leilão. O governo vai, porém, permitir nova renovação das concessões, desde que as empresas hoje donas das usinas aceitem reduzir a tarifa. O argumento é o de que a totalidade dos investimentos já foi paga, o que reduz o custo das empresas à operação e manutenção das usinas.

A medida provisória que tratará do tema vai garantir que a renovação das concessões já aconteça no próximo ano, para que os efeitos da redução do preço sejam repassados a empresários e consumidores em 2013.

Em relação aos encargos, o governo já fechou questão na retirada de três deles: a CCC(Conta de Consumo de Combustíveis), a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético)e a RGR (Reserva Global de Reversão). Outros podem ser incluídos no pacote.

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