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Tombini vê política monetária adequada

19/02/2013 19h29 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Tombini vê política monetária adequada

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 19, que a atual estratégia do banco segue válida neste momento e que não há risco de descontrole da inflação, mas ressaltou que política monetária será ajustada se for necessário.

 

“O BC tem comunicado sua estratégia, que permanece válida neste momento, por outro lado evidentemente isso não significa que os ciclos monetários foram abolidos, conforme tenho repetidamente mencionado em fóruns nacionais e estrangeiros”, disse Tombini em discurso durante evento do BC em Brasília.

“Quando necessário, se ensejado pelo cenário prospectivo para a inflação, a postura do BC em relação à política monetária será adequadamente ajustada”, acrescentou.

Os comentários ocorrem num momento em que os mercados financeiros mostram crescente preocupação com a inflação e aumentam as apostas de que o BC terá que elevar o juro básico ainda neste semestre.

Às 12h, a curva de DI precificava 56 por cento de chance de alta de 0,25 ponto percentual da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária de abril. Para o encontro do Copom em maio, a curva precificava 60 por cento de chance de alta de 0,50 ponto no juro básico.

Contribuíram para esse cenário, declarações recentes do próprio Tombini dizendo que não estava confortável com o atual quadro da inflação – o índice oficial acumulado em 12 meses chegou a 6,15 por cento em janeiro, perto do teto da meta, de 4,5 por cento mais 2 pontos percentuais.

Além disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, num esforço para refutar que o governo esteja usando a taxa de câmbio para segurar a inflação, alimentou especulações sobre uma alta da Selic ao dizer que o instrumento para conter a elevação dos preços é o juro.

Nesta manhã, Tombini listou resultados alcançados nos últimos tempos – como o cumprimento da meta para inflação por nove anos consecutivos e superávits primários consistentes com uma tendência de queda da relação dívida/PIB – que contribuíram para levar a Selic a sua atual mínima histórica, de 7,25 por cento ao ano.

Apesar dos juros historicamente baixos, o presidente do BC fez questão de ressaltar de que “não existe hoje no país risco de descontrole da inflação”. E acrescentou que se forem necessários ajustes na política monetária, “a taxa Selic oscilará em patamares mais baixos que no passado”.

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