Varejo contabiliza venda recorde com Black Friday
O varejo brasileiro se
surpreendeu com o recorde de vendas registrado na edição deste ano da Black
Friday, na sexta-feira, 29, passada. Entre os principais motivos para o impulso
nos negócios, segundo os empresários, estão a liberação do saldo nas contas do
FGTS, os juros nas mínimas históricas e a demanda reprimida por consumo.
O grupo Via Varejo, dono das marcas Casas Bahia,
Ponto Frio e Extra, faturou R$ 1,1 bilhão somente na sexta-feira, desempenho
único em apenas um dia de vendas, segundo a companhia. No terceiro trimestre de
2019, a título de comparação, o valor faturado foi de R$ 6,5 bilhões. Trata-se
de um “recorde absoluto”, nas palavras do presidente da companhia,
Roberto Fulcherberguer. “Varejo que suporta Black Friday está preparado
para escalar qualquer volume de vendas”, comenta.
Fulcherberguer diz que há uma melhora do
mercado, com as vendas após a Black Friday ainda aquecidas. Por isso, a
expectativa é que o Natal também registre bom desempenho e que o próximo ano
seja positivo para o setor. “Essa sinalização de recuperação já é o
reflexo que a gente vai ter em 2020”, afirma. “Não tenho dúvidas de
que esse pacote de melhorias no País está se refletindo no varejo.”
O Magazine Luiza não revela os números, mas
afirma que as vendas foram positivas tanto no comércio eletrônico quanto nas
lojas físicas do grupo. O diretor de e-commerce da empresa, Eduardo
Galanternick, conta que o crescimento foi acima da variação do mercado – que
neste ano teve alta de 23,1% em relação a 2018, de acordo com dados divulgados
pela Ebit/Nielsen.
“É positivo como um todo dar mais poder de
compra para o consumidor, seja colocando dinheiro na carteira ou reduzindo
custos”, avalia.
Já a Amazon, com atuação apenas em e-commerce,
também viu na data deste ano o maior dia de vendas da história da companhia no
País. Sem revelar cifras, o diretor de varejo, Daniel Mazini, afirma que a
quinta-feira pré-Black Friday já foi recordista – até ser superada pelo próprio
dia da promoção.
“A gente estava otimista por causa do bom
resultado do Amazon Day (em julho de 2019), que tinha sido muito forte, mas o
número bateu o que a gente esperava”, explica o executivo.
Manzini atribui o resultado da Amazon à expansão
de 16 para 30 categorias de produtos à venda no site, ao lançamento do serviço
Prime e à comercialização de produtos exclusivos, como a assistente de voz
Alexa e o alto-falante inteligente Echo.