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Variação no preço do tomate chega a quase 70% em São Carlos

12/04/2013 11h23 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Variação no preço do tomate chega a quase 70% em São Carlos

Excesso de chuva e de calor é apontado como as causas para as altas nos preços de produtos como tomate, vagem e batata. Sondagem feita pelo Primeira Página  identificou variação no preço do tomate de até 69,28%. Entretanto o tomate não é o único vilão da salada do dia-a-dia. A vagem registrou variação de 78,65% e a batata aumentou 63,31%.

 

Segundo José Donizete Vieira, diretor de compras do Jaú Serve e responsável por 28 lojas na região, essa situação é atípica e o motivo dela é o prolongamento da chuva e do calor, o que levou a uma redução da produtividade, enquanto o consumo se manteve igual: “Quem teve a oportunidade de plantar tomate está rindo à toa, pois está conseguindo um preço inesperado”, diz, mas ressalta que esse mesmo produtor sofreu anos atrás com o preço muito baixo do produto.

Jackson José de Andrade, proprietário do Recanto das Frutas, tem o mesmo ponto de vista de Vieira, mas ainda afirma: “É só normalizar o tempo para o preço começar a cair. Todo ano, nesta época, o tomate sobe, mas neste ano foi exagerado demais”.

Segundo ele, a falta de produção e o alto consumo no Estado obrigam os comerciantes a buscarem o produto em Minas Gerais ou no Paraná, o que contribui para alta dos preços, por conta do frete.

O gerente do Jaú Serve, Welton Luiz Zabotto, disse: “A empresa comprou uma boa quantidade de tomate e conseguiu uma boa negociação com fornecedores, daí baixamos os preços entre quarta e quinta, e vamos manter eles até domingo”.

Segundo ele, em geral são vendidas uma média de 100, 120 caixas de tomate por semana: “Com a alta, começamos a vender menos: o consumidor que levava 1 kg começa a levar 0,5 kg. Não deixa de consumir, mas diminui a quantidade consumida”.

E de fato é o que acontece com a comerciante Joana Moraes, que disse: “Diminuí pela metade o consumo de tomate. Tudo aumentou um pouco”.

A aposentada Maria Helena também alterou hábitos de consumo, mas de um modo um pouco mais radical: “Excluí o tomate. Compro um ou dois em casos especiais. Tomate e picanha na mesa do pobre nunca mais”, brinca, e completa: “A vagem também. Cheguei a substituir a vagem por ervilha em uma maionese, só para dar o verdinho. A gente vai remanejando, né”.   

Mas as mudanças não afetam somente pessoas físicas. O proprietário do Restaurante Estação, Antenor Aparecido Luís, brinca: “Continuo servindo as coisas, mas só mostrando. Tomate está um absurdo e a vagem não tem nem condições, risquei do mapa há mais ou menos um mês e meio”.

Lucimara Callegario, gerente do Varejão da Qualidade, diz que a falta de incentivo para o produtor, que elimina os hortifrutis e os troca pela cana, e também a variação de clima explicam essas altas. Ela completa: “Não acredito que o tomate tenha baixado por acaso, acho que intimidou o consumo e penso que a diminuição da procura forçou a diminuir o preço”.

 

 

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