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Daniel Dias é o maior medalhista paralímpico do Brasil

08/09/2012 00h33 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Daniel Dias é o maior medalhista paralímpico do Brasil

O sete de setembro ficará marcado como uma data histórica para o esporte paralímpico brasileiro. Daniel Dias conquistou seu quinto ouro nos Jogos de Londres e superou a marca de Clodoaldo Silva e Adria Santos de 13 medalhas conquistadas em Paralimpíadas. Daniel agora soma nove ouros, quatro pratas e um bronze, 14 conquistas no total. Os 50m Borboleta S5 foi a prova mais difícil de Daniel até agora. Em uma chegada apertada, ele venceu o americano Roy Perkins por 42 centésimos e quebrou mais um recorde mundial: 34s15.

 

“É uma honra chegar a essa marca. Tenho muito o que agradecer a Deus, a meus pais, minha noiva, meu técnico, tenho tanta gente para agradecer. Mas quero pensar nisso só amanhã, depois de nadar os 100m Livre. Estou bem cansado, hoje me superei e amanhã (sábado) espero me superar novamente”, disse ele.

O Brasil ainda subiu mais uma vez ao pódio da Natação nesta sexta-feira. Joana Neves conquistou o bronze nos 50m Borboleta S5, com o tempo de 46s62, novo recorde das Américas. “Mentalizei para nadar em 47 segundos, mas deu em 46. Está ótimo! O que eu queria era uma medalha aqui. Esse bronze tem gosto de ouro”, disse Joana.

Neste sábado (8), o Brasil nada por mais medalhas no Parque Aquático de Londres. Daniel Dias cai na água em busca de sua sexta medalha individual, nos 100m Livre S5, além de competir com a equipe brasileira no Revezamento 4x100m Medley 34 pontos. Joana Neves também lutará por mais um pódio nos 100m Livre S5.

No Estádio Olímpico, Lucas Prado conquistou a 13ª medalha do Atletismo brasileiro em Londres, ao ganhar a prata nos 400m T11 nesta sexta-feira. O país já tem cinco ouros, seis pratas e dois bronzes na modalidade, e 33 medalhas no total (15 ouros, 12 pratas e 6 bronzes), e está na oitava posição geral faltando dois dias de competição para o fim dos Jogos Paralímpicos. O velocista, que correu a bateria classificatória dos 100m T11 de manhã, reclamou do desgaste de provas disputadas com período curto para recuperação.

“O programa me quebrou ao me colocar para correr uma pancada nos 100m de manhã e uma pancada nos 400m no fim do dia. Amanhã (sábado) já tenho outra pancada nos 100m (semifinal) e espero me classificar para disputar a final nos 100m, que acontece no mesmo dia à noite. Quero o ouro que ainda não ganhei”, afirmou Lucas, prata nos 400m e bronze nos 200m. Ele volta à pista às 12h15 (8h15 de Brasília) para as semifinais dos 100m T11 e, se classificado, disputa a final às 19h36 (15h36 de Brasília).

Uma das provas mais esperadas dos Jogos de Londres, os 400m T44 – pela presença de Oscar Pistorius, o primeiro atleta biamputado a disputá-la em Olimpíadas – terá o brasileiro Alan Fonteles na final. Medalhista de ouro nos 200m T44, Alan conquistou a vaga nesta sexta-feira, com o tempo de 53s02. Nos últimos 100 metros, o velocista diminuiu o ritmo para guardar o melhor para a decisão do ouro, às 21h57 (17h57 de Brasília).

“Passei muito forte nos 200m, com 21 segundos. Dei o meu melhor, fiz uma boa saída, melhorei meu tempo, mas achei melhor reduzir o ritmo. Amanhã (sábado) vou repetir a fórmula, mas irei com tudo mesmo que eu quebre no final”, prometeu.

A Bocha já garantiu mais duas medalhas de prata para o Brasil. Jogando de forma espetacular, Maciel Souza e Dirceu Pinto conquistaram vaga nas finais BC2 e BC4 e disputam o ouro neste sábado (8) às 14h55 e 18h10 (10h55 e 14h10 de Brasília), respectivamente. O Brasil ainda pode conquistar mais duas medalhas de bronze no mesmo dia, com Eliseu Santos (BC4) e José Carlos Chagas (BC1).

“É muito difícil vencer o Eliseu, por tudo que envolve a nossa amizade, parceria, sempre fica um misto de sentimentos. Eu fico muito feliz e muito triste também. Mas como dizem os nossos técnicos, vence quem errar menos. Hoje fui eu”, disse Dirceu Pinto, que jogou contra seu parceiro de dupla na primeira conquista de ouro da bocha brasileira em Londres. Em Pequim, há quatro anos, ele ganhou duas medalhas de ouro, em duplas e individual.

Pela categoria BC2, Maciel Sousa enfrentou o chinês Kai Zhong e logo na primeira parcial abriu 3 a0. A partir daí, o brasileiro anulou completamente o adversário e fechou a partida em 7 a 1.

“Eu tive muita calma, foi um jogo estudado, pensei bastante antes de jogar as minhas bolas e não entrei no jogo do chinês. Agora vou me preparar para final e garantir essa medalha para o Brasil”, disse Maciel, que começou na modalidade aos 11 anos e três anos depois já representava o país em competições internacionais.

Já a Seleção Brasileira masculina de Goalball saiu da arena Copperbox na noite desta sexta-feira (7) com um resultado histórico: apesar da derrota por 8 a 1 para a Finlândia, a equipe conquistou uma medalha de prata que não apenas foi muito além da meta prevista para as Paralimpíadas de Londres (ficar entre os cinco primeiros), como representou um inédito pódio na modalidade. Como consolo extra, o fato de Romário ter ficado com artilharia do torneio (23 gols em oito jogos).

“Não tenho o que reclamar destes meninos, que talvez hoje tenham sentido um pouco a pressão de jogar a final. Viemos aqui com o objetivo de preparar a equipe para 2016 e crescemos muito durante a competição. É duro perder do jeito que perdemos, mas mostramos que o goalball brasileiro chegou ao pelotão de elite”, avaliou o técnico da seleção, Alessandro Tosim.

O esforço e a determinação da Seleção Brasileira de Futebol de 7 também não foram suficientes para superar a força física e a tradição da Rússia, que subiu ao pódio em todas as Paralimpíadas desde 1996. Em jogo válido pela semifinal, nesta sexta-feira (7), os brasileiros foram derrotados por 3 a 1 e perderam a chance de disputar o ouro. Neste domingo (9), às 13h30 de Londres (9h30 de Brasília), eles jogam pela medalha de bronze contra o Irã, que perdeu por 2 a 1 para a Ucrânia na outra semifinal. Para Wanderson, autor do gol brasileiro, a derrota não abala a confiança da equipe para a disputa do terceiro lugar.

“Já imaginávamos que ia ser um jogo difícil. É como o técnico Paulo Cruz fala: se erramos uma vez que seja, eles não perdoam. Agora vamos chamar os jogadores mais experientes, a equipe técnica e conversar. Vamos para a disputa da medalha de bronze com tudo. Queremos voltar para o Brasil com ela no peito”, afirmou Wanderson.

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