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Falta de moradia: imcompreensível

06/10/2014 15h58 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Falta de moradia: imcompreensível

Tem acontecido com alguma frequência, praticamente em todo o território nacional, mas com destaque para os grandes centros urbanos, episódios relacionados com a reintegração de posse de prédios e de outras áreas entretanto ocupadas por milhares de famílias carentes sem moradia, muitas delas integrantes de organizações reivindicativas recentemente criadas, episódios esses que, na maioria das vezes, resultam em confrontos violentos envolvendo policiais e manifestantes. Em primeiro lugar, existe o drama sério e preocupante dessas famílias que não têm moradia, um problema que já deveria ter sido resolvido através de um planejamento rápido e eficaz, com decisões e investimentos locais, estaduais e nacionais, algo que, tudo indica, não tem ocupado as pautas dos respectivos governos. Em segundo lugar e na decorrência do primeiro, existe um real aproveitamento político – por vezes desonesto – da situação dramática das famílias, com a criação de organizações (nem todas) que, a serviço de interesses político-partidários, promovem ou instalam a confusão, com prejuízos sérios para uma população que, alheia a esses problemas – se vê envolvida em distúrbios e na depredação do patrimônio público e privado, resultantes de confrontos violentos com as forças de segurança pública, que apenas cumprem ordens judiciais. É, em suma, um problema que, como outros, tais como saúde, segurança pública, educação, etc., se transformou numa verdadeira vergonha nacional (assim afirmam muitos cidadãos com quem tenho falado), na medida em que, segundo levantamento feito recentemente, existe um déficit, em todo o país, de 5 milhões de moradias, o que em média compromete a vida de cerca de 20 milhões de pessoas. Se é um problema de âmbito nacional, a pergunta, óbvia, fica: o que é que o governo central tem feito nos últimos anos e, se tem feito algo, onde estão os resultados?

 

*Jornalista da área de ciência e tecnologia – correspondente internacional

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