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Assassinatos de outubro são 12 vezes maiores que ano passado em São Carlos

01/11/2012 10h30 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Assassinatos de outubro são 12 vezes maiores que ano passado em São Carlos

Nos meses de setembro e outubro do ano passado ocorreram 5 homicídios em São Carlos. No mesmo período deste ano, o número de assassinatos já é mais de 3 vezes maior, com um total de 16 homicídios, número total de assassinatos ocorridos em todo ano de 2011. Dos 16, doze aconteceram em outubro, sendo mais da metade deles (sete) ocorridos somente no dia 31, quando foram encontrados 6 homens e uma mulher mortos na Vila Isabel.

Entre 2002 e outubro de 2012 ocorreram 190 homicídios em São Carlos, sendo 29 deles somente este ano, número que o coloca como o mais violento dos últimos 10 anos.

Em reportagem do Primeira Página publicada no último dia 20, o delegado Edmundo Ferreira Gomes, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), explicou que a situação da violência em São Carlos começou a ganhar contorno atípico a partir do mês de  setembro. Na ocasião (quando setembro e outubro ainda somavam 7 homicídios), ele afirmou: “No início de setembro aconteceu um homicídio que, depois, passou a ser a característica dos outros. Nos casos anteriores nós conseguimos definir a origem, a procedência, e a partir de setembro começaram a ser execuções: a pessoa chegava e dava vários tiros. E muitas das vítimas já tinham passagem na polícia. Então é uma série de homicídios atípica, tanto em relação ao número ocorrido quanto à forma que os homicídios estão sendo praticados”, explicou na ocasião.

E as sete mortes ocorridas no dia 31, ao que tudo indica, se encaixam nesse caráter atípico, já que parecem ter sido execuções.

Questionado na ocasião sobre o que poderia explicar essa mudança no tipo de homicídio, Gomes respondeu: “O motivo dessa atipicidade deve ser investigado caso a caso para ver se realmente há uma vinculação entre as situações, para verificar se não são oportunistas que aproveitam essa tensão na sociedade para resolver uma situação pessoal, ou se os casos realmente têm um liame. Isso tem que ser investigado com mais cuidado”, disse.

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