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Conselho de Medicina investiga morte de advogada

09/12/2017 10h38 - Atualizado há 6 anos Publicado por: Redação
Conselho de Medicina investiga morte de advogada

A morte da advogada aposentada Iraci Parussolo de Oliveira, de 63 anos, é investigada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Ela morreu na quinta-feira, 7. O procedimento ocorreu no dia 30 de novembro. “A família se recupera após esse episódio lamentável”, disse, por telefone, o genro dela, Rodrigo Antônio Sardi. Ele estava em Bauru, cidade onde ocorreu o sepultamento da sogra.

O caso foi registrado no 3º Distrito Policial e será investigado. O Conselho de Medicina estimou de 6 meses a dois anos o período de investigação do caso. Em nota, explicou que a sindicância é a etapa de averiguação da denúncia, coleta das provas e, se necessário, audiência com os envolvidos.

Sardi explicou que o médico introduziu o balão no estômago, mas constatou um furo. “O balão teria ficado na laringe e a dona Iraci ficou sem ventilação. Houve parada cardíaca e respiratória. Foram realizadas manobras de ressuscitação, mas não foi possível salvar a vida dela”.

O relatório de atendimento diz que a paciente, após o procedimento realizado no setor de Endoscopia Digestiva, foi entubada e encaminhada ao Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa. Foi verificado que o tubo estava no esôfago e não na traqueia.

Já o laudo de endoscopia digestiva explica: “passado o balão intragástrico e iniciada a injeção de soro com azul de metileno [substância utilizada para constatar vazamento no balão], constatou-se vazamento nos 10 ml iniciais e ao removê-lo o mesmo ficou retido ao nível da laringe, o que provocou dificuldade respiratória e entubação endotraqueal. Foi (sic) necessária manobras de ressuscitação na sala de endoscopia e no SMU com evolução favorável após 40 minutos”.

Justiça

O genro da aposentada afirmou que vai procurar a Justiça para que o caso não fique impune, se o médico tiver culpa. “A Santa Casa nos atendeu muito bem. O serviço de endoscopia ocorre em um anexo do hospital”, ponderou Sadi. “Foi uma sucessão de erros. Primeiro, com o balão furado; segundo com o engasgamento e o terceiro por erro na entubação. Queremos uma apuração rigorosa para que não aconteçam outras barbeiragens médicas”, esclareceu.

A Santa Casa confirmou a informação de Sadi. Disse, em nota, que o Serviço de Endoscopia fica anexo ao prédio do hospital e o espaço é locado, não respondendo por ele.

A reportagem do Primeira Página entrou em contato com o consultório do médico responsável pelo procedimento. A secretária disse, às 14h58, que o profissional procuraria a imprensa, caso houvesse qualquer manifestação.

Já a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) afirma que o procedimento de inserção do balão intragástrico é seguro. “O caso em questão precisará ser analisado para que possam ser identificadas as causas que levaram a paciente a óbito”, frisou.

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