DIG apreende dupla de menores acusada de matar jovem no Eduardo Abdelnur
Em suas versões, infratores afirmaram já existir desavenças com a vítima, que teria agredido as partes com tapas em seus rostos
A Polícia Civil de São Carlos (SP), através da equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), sobre o comando do delegado de polícia, Gilberto de Aquino, encaminhou para a Fundação CASA em Araraquara (SP) na última segunda-feira (15), dois adolescentes de 16 e 17 anos, acusados e confessos pela autoria da execução a tiro, do jovem de 25 anos, identificado como Leonardo de Souza Felix, por volta das 19h10 de 22 de janeiro, na Rua Armando Biason, a antiga Rua 8, no bairro Eduardo Abdelnur.
Um trabalho de apuração dos fatos, que foi iniciado pela equipe especializada do policiamento judiciário em momentos após o crime ter ocorrido, fez com que ambos os autores, menores de idade, fossem identificados e o inquérito fosse concluído, onde com os resultados obtidos nas investigações, a autoridade policial representou junto a Vara da Infância e Juventude, onde foram então expedidos dois mandados de busca e apreensão em desfavor dos adolescentes.
Em posse das ordens judiciais, atuações em campo foram realizadas e os dois infratores foram apreendidos e encaminhados até a sede da DIG de São Carlos (SP), onde na companhia de seus responsáveis, os dois acusados foram ouvidos e confessaram a autoria do crime.
No final da tarde do último dia 10 de fevereiro, em suas declarações prestadas à Polícia Civil, o adolescente de 17 anos, morador no bairro Antenor Garcia, afirmou que sua família tinha um grau de parentesco com a vítima, pois seu padrasto era primo do jovem, e que tanto o acusado, quanto Leonardo de Souza Felix, eram usuários de entorpecentes, e por diversas vezes se cruzavam pelo bairro, se cumprimentavam e até então não tinham problemas, onde ao ser questionado a respeito de sua participação no crime, o menor afirmou a participação na autoria, confessando ainda que efetuou cinco disparos de arma de fogo contra o jovem, pois há algum tempo, Leonardo havia ‘tirado uma com a sua cara’, enquanto os dois se encontraram para o consumo de maconha, e depois de uma discussão a vítima desferiu um tapa contra o rosto do infrator, acarretando em tal vingança.
No final da manhã da última segunda-feira (15), quem prestou as suas declarações à DIG de São Carlos (SP) foi o segundo acusado, o adolescente de 16 anos, morador no bairro Eduardo Abdelnur. O infrator afirmou conhecer a vítima e que durante uma das conversas mantidas com o jovem, Leonardo de Souza Felix, havia se desentendido com a sua pessoa e desferido um tapa contra o seu rosto. Na data da execução, segundo os relatos do menor, ele e Leonardo havia novamente se encontrado, onde então uma nova discussão se iniciou alimentando a revolta do adolescente, que em ato continuo foi até a moradia do comparsa, no bairro Antenor Garcia, e na sequência se deslocaram para a casa do jovem, porém, nada foi feito. Decididos na vingança, segundo relatou o infrator, ele foi até a sua casa com o comparsa, onde entre alguns tijolos no fundo do imóvel, sem o consentimento da família, mantinha escondido uma arma de fogo calibre .22, na qual de imediato tomou posse e foi em busca do desafeto, sendo que enquanto caminhavam pelo bairro, cada um em posse do seu armamento, os menores se depararam com a vítima caminhando na rua de sua residência na companhia de sua mãe, quando passaram a atirar em direção ao jovem, sendo que ao avistar o alvo correndo para o interior de sua casa, os dois acusados também ingressaram para dentro do imóvel atirando, e um único tiro atingiu as costas de Leonardo de Souza Felix, que ao cair ao solo morreu na cozinha da casa. Ao ser questionado se havia avistado o comparsa também atirando, o adolescente afirmou que apenas poderia assumir a sua responsabilidade, e que o armamento teria logo após o crime, sido dispensado em um local que não iria ser revelado.
Com base nas ordens judiciais expedidas em desfavor da dupla de infratores, ambos foram apreendidos e recolhidos para a Fundação CASA na cidade de Araraquara (SP), onde deverão de acordo com as determinações da Vara da Infância e Juventude, permanecer na internação provisória por um período de 45 dias.