Investigação de assassinato pode retornar a Leme
As investigações do caso Maiara, jovem de Santa Eudóxia que foi encontrada morta no dia 3 de janeiro na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Leme, ainda são uma incógnita. O caso chegou ao Fórum de São Carlos no fim de março e desde então não foi encaminhado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), como estava previsto. Isso porque, segundo o promotor criminal Mário José Corrêa de Paula, o processo pode retornar para Leme. “A competência das investigações cabe a eles”, diz.
Ainda de acordo com o promotor, o juiz André Luiz de Macedo preferiu deixar o caso em São Carlos por mais alguns dias até que seja emitido um laudo sobre o local exato do assassinato. “Ele tomou essa decisão porque solicitamos à delegacia de Leme um laudo contendo o local onde o crime ocorreu. Esse pedido foi feito no dia 1º de abril e estamos esperando o documento chegar, mas não tenho uma previsão de quando vamos recebê-lo”.
Com o laudo em mãos, o juiz terá condições de decidir para qual município a investigação deve seguir. “Assim que soubermos, com certeza, o local em que o crime ocorreu, vamos saber qual cidade ficará responsável pelas investigações. Mas se o laudo chegar e nele não constar o local do crime, automaticamente as investigações ficam por conta de Leme”, diz o promotor, reafirmando que, nesse caso, São Carlos iria continuar colaborando com o andamento do inquérito.
Mário explica que a definição do local do crime é importante porque um problema nesse quesito pode dar base para que a defesa dos autores do crime entrem com um pedido de “nulidade” do processo, ou seja, a anulação. “Se for constatado que o crime não ocorreu em São Carlos e as investigações estão sendo feitas por aqui, ele pode pedir essa nulidade”.
FAMÍLIA – A possibilidade de retorno da investigação para Leme assustou a família de Maiara, que teme que o caso volte a ficar parado e estuda fazer uma manifestação em frente ao Fórum ainda nesta semana para levantar a questão.