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Técnicas usadas do caso Eliza Samudio podem ser utilizadas no assassinato de Maiara

21/02/2013 02h05 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Técnicas usadas do caso Eliza Samudio podem ser utilizadas no assassinato de Maiara

 

O misterioso assassinato de Maiara Cristina de Oliveira, 25, que estava grávida de 7 para 8 meses, ganha nova linha de investigação, pois alguns pontos sobre o dia do crime, o encontro e em que situação estaria o cadáver localizado na área rural de Leme e o sumiço do bebê que a mulher carregava no ventre, apontam por uma semelhança no caso da modelo Eliza Samudio, que embora tendo seu filho vivo, a mando do ex-goleiro Bruno, seu amante, no final do mês de junho de 2010, foi encaminhada do Rio de Janeiro para Minas Gerais, onde foi torturada, assassinada e até hoje a polícia não conseguiu apontar onde poderia estar os restos mortais da mulher que tentava um reconhecimento de seu filho por parte do goleiro do Clube de Regatas Flamengo.

 

O caso vem sendo analisado pela equipe do delegado Luiz Armando Goyos Ferreira Filho da Polícia Civil de Leme, que segundo a reportagem apurou já requisitou algumas análises e exames sobre o corpo de Maiara, bem como esteve em São Carlos e no sub-distrito de Santa Eudóxia, por duas vezes onde residia a doméstica que estava grávida de um menino de 7 para 8 meses, o qual misteriosamente desapareceu de seu ventre.

Ouvido pela reportagem Luiz Armando disse que não poderia falar sobre o assunto, pois, estaria reunindo provas sobre a morte de Maiara e ele estaria tentando saber o que realmente aconteceu e os motivos para o corpo aparecer em uma mata da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, na área rural de Leme.

Na última quinta-feira (14), o delegado Luiz Armando Goyos Ferreira Filho se reuniu com a Promotoria Pública de Leme e teria solicitado o envio do inquérito policial, que fala sobre o encontro do corpo de Maiara, a qual por volta das 19 horas do dia 3 de Janeiro deste ano, teve seu corpo localizado nas terras da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Leme. A promotoria encaminhou parte do inquérito policial formalizando o pedido para que o misterioso crime seja encaminhado para a Delegacia Seccional de São Carlos, pois segundo os primeiros levantamentos a preparação do crime teria se dado após o natal de 2012 em São Carlos, bem como o início da execução do bárbaro crime teria se dado em plena avenida São Carlos, quando Maiara, desapareceu também pela manhã do dia 3 de Janeiro. O Juiz Fábio Evangelista de Moura, titular da Vara Criminal de Leme, está analisando o pedido e avalia junto ao Ministério Público a possibilidade da transferência do processo que seria de uma comarca para outra.

 

DESAPARECIMENTO

Também ouvida a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Carlos, Denise Gobbi Szakal informou que registrou o desaparecimento de Maiara na tarde do dia 7 de janeiro e segundo a autoridade policial, familiares relatavam sobre dois telefonemas ameaçadores que Maria Aparecida de Oliveira, 42, mãe de Maiara, teria recebido logo após o misterioso desaparecimento da filha que na manhã do dia 3 de janeiro, teria a comunicado que estaria deixando o sub-distrito de Santa Eudóxia e seguia para São Carlos, onde na companhia do pai de seu filho compraria em uma loja da cidade um berço para o menino que nasceria em março. Segundo a delegada Maiara, teria desembarcado de um coletivo na avenida São Carlos, defronte a praça do velório municipal e posteriormente teria adentrado em um veículo e desapareceu. Denise diz ter certeza que Maiara, foi ludibriada e levada para o ponto onde teria se encontrado com a pessoa que está sendo investigada. Ela também informou que a doméstica teria sido assassinada em decorrência da gravidez e o pai da criança seria mentor do crime, porém ela disse que as investigações corre por Leme e ela nada mais poderia fazer a não ser encaminhar o registro de desaparecimento da doméstica para conclusão dos trabalhos.      

 

PATERNIDADE

Um dos amigos que pediu anonimato relatou que Maiara, teria se envolvido com um homem casado de 53 anos, o qual ao ser informado que a garota estaria grávida disse que tinha família e esta criança não poderia aparecer, pois sua vida poderia virar um inferno. Ainda segundo o rapaz Maiara, nos últimos dias a doméstica teria lhe confidenciado que o pai da criança dizia que ela deveria levar esta gravidez em silencio e não mais falar sobre o pai. Por outras vezes ele teria proposto que Maiara abortasse a criança e em algumas vezes dizia para ela esperar o menino nascer para eles realizarem o teste de paternidade e se fosse seu, ele assumiria e daria todo amparo desde que a família dele não soubesse do relacionamento entre ambos.

 

EXUMAÇÃO

Um tio de Maiara, também concordando em falar sobre o misterioso crime confirmou que foi ele quem reconheceu o corpo da sobrinha, por fotos no IML de Limeira e na Polícia Civil de Leme, bem como teria sido ele sempre acompanhado da mãe de Maiara que participou da exumação do corpo da doméstica no cemitério municipal de Leme e segundo ele a garota sepultada como indigente, devido a falta de identificação estava enterrada em um “Bag” (saco de transporte de morto) transparente só com a bermuda que vestia no dia em que saiu de casa na região de São Carlos. O tio disse que foi ele quem encaminhou para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos os exames de gravidez de Maiara, bem como ela já teria escolhido o nome do filho. Sobre o registro do desaparecimento após uma semana do sumiço de Maiara, ele disse que a família foi obrigada a deixar a polícia fora do caso, pois acreditava que os marginais a liberariam. Como os demais familiares, ele acredita que o pai da criança encomendou a morte do próprio filho e de Maiara, que teria comentado que assumiria sozinha a criança, mas mesmo assim foi sacrificada e de uma forma cruel.

A Polícia Civil de Leme procura os detalhes sobre o desaparecimento da criança que estaria prestes a nascer, as causas e como teria sido assassinada Maiara que recebeu três tiros pelas costas e quem mais teria participado da trama com o pai da criança que nega ser o mandante do crime e diz que estaria em uma reunião na região central da cidade de São Carlos quando a garota foi morta.

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