2024 abre perspectiva para novas lideranças
Próxima eleição promete trazer uma nova geração de candidatos a prefeito
A reeleição de Airton Garcia (PSL) também encerra um ciclo de lideranças políticas em São Carlos que vem desde os anos 1980, quando Dagnone de Melo (MDB) foi eleito em uma lista tríplice em 1982. Sucedeu-o a Vadinho de Guzzi (PTB) em 1988. Rubinho Massucio (PTB) foi eleito em 1992 e Melo (PFL) voltou à prefeitura em 1996. Newton Lima (PT – eleito em 2000 e 2004), Oswaldo Barba (PT, 2008) e Paulo Altomani (PSDB, 2012) também fazem parte dessa geração, além do ex-deputado Lobbe Neto (PSDB), que alçou voo na política local, especialmente na Nova República, era que sucedeu à ditadura militar no país.
Em tese, para 2024 São Carlos deverá ter uma nova geração de políticos na disputa para o cargo de prefeito. A julgar pela eleição de 2020, o quadro seguirá aberto para o surgimento de novas lideranças, a começar pelo grupo liderado por Airton Garcia, onde despontam Edson Ferraz (novo vice) e Edson Fermiano (atual secretário de Governo).
Dos nomes que concorreram em 2020, Neto Donato (PSDB) saiu com discurso mais fortalecido, mais seguro, em relação a 2016. Mas precisa elucidar propostas para ter efetiva chance de se eleger.
Erick Silva (PT) e Marina Melo (PSD) surgem como forças emergentes, dependendo da capacidade de cada um em dialogar com os segmentos da sociedade e aglutinar apoio para um próximo pleito.
Júlio César (PL), por sua vez, se tornou uma incógnita ao alcançar uma votação aquém do esperado até mesmo para uma eventual plataforma como candidato a deputado.
Leandro Guerreiro (Patriota) também terá que retomar sua carreira política, após um primeiro mandato como vereador na Câmara. Talvez seu futuro político volte a ser traçado novamente com um eventual retorno à Câmara, em 2024, embora Guerreiro seja um nome cobiçado para o pleito a deputado em 2022.
Na Câmara de São Carlos, atrairá atenção o trabalho a ser executado por Djalma Nery (PSOL), jovem liderança política da esquerda, e vereador mais votado nesta última eleição municipal.
Os demais concorrentes a prefeito em 2020 tiveram votação incipiente para imaginá-los como lideranças políticas com expressão nos próximos anos.
Em contrapartida, o cenário também acusa uma ausência de cabeças pensantes – tal como ocorre no Estado e no País –, o que levanta dúvidas sobre o futuro político de São Carlos a curto, médio e longo prazo.
