Acordo veta propaganda em muros e cavaletes
Um acordo firmado partidos políticos com representação em de São Carlos e a Justiça Eleitoral definiu que a campanha para prefeito e vereador de 7 de outubro deste ano não terá publicidade divulgada através de cavaletes colocados nas calçadas e nem através da pintura de muros. Esta e outras medidas devem ser incluídas num documento que será assinado por todos os partidos políticos.
A proposta surgiu do juiz eleitoral titular da 121ª Zona Eleitoral, Paulo César Scanavez. O juiz ressaltou que embora a legislação eleitoral permita, ele gostaria que não fossem utilizados os muros para propaganda dos candidatos e solicitou um acordo tácito entre todos os prefeituráveis e os demais candidatos.
Entrou na pauta de reivindicações junto aos partidos que evitem jogar nas proximidades das escolas, na véspera da eleição, uma enorme quantidade de santinhos. “Esta prática infelizmente usual, não é adequada e não traz votos. Se a campanha for bem planejada não haverá necessidade deste artifício”.
População é unânime ao não aceitar propaganda política
Em um microuniverso pesquisado pela reportagem do Primeira Página, dez pessoas que circulavam pela cidade disseram ser contrárias às propagandas políticas na cidade. Incluem-se nesse rol panfletos, cartazes e muros pintados.
Para o comerciante Cláudio Gomes da Silva, já basta o tempo de TV e rádio duas vezes ao dia para tratar do assunto. “Os papéis que superlotam as caixas de correspondência e a sujeira que muitos políticos deixam nas ruas, isso não agrada a ninguém”, estima.
O funcionário público, Luiz dos Santos, que afirmou ser filiado a um partido, disse que o acordo traçado pela Justiça Eleitoral da cidade é bem vindo. “Antigamente o santinho do político era para se fazer a abordagem com o eleitor e ali convencê-lo de sua proposta política. Hoje, a maioria dos candidatos não sabe o que está fazendo no processo eleitoral prometendo coisas que não pode realizar”, afirmou.
A vendedora Andréia Cardoso de Souza lembrou da sujeira que encontra na garagem da casa ao chegar do trabalho com muitos panfletos espalhados no chão. “No final eu nem sei ao certo quem são esses políticos, tamanho o volume”, disse.