Adoção do voto distrital seria benéfica, dizem especialista e lideranças
O sistema consiste em dividir a circunscrição eleitoral de um estado ou de um município em um número de distritos
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O Brasil vem passando por significativo debate quanto à reforma política. Os cidadãos, por meio das redes sociais, se atualizam cada vez mais a respeito dos temas políticos em debate. Um desses temas recorrentes é o sentimento dos eleitores de que os parlamentares não os representam como deveriam. Nesse contexto, uma das propostas que surgem na reforma política para aproximar o eleito do eleitor é a substituição do sistema proporcional vigente pelo sistema distrital.
O sistema consiste em dividir a circunscrição eleitoral de um estado ou de um município em um número de distritos que corresponda ao número de vagas em disputa a serem preenchidas. Cada distrito teria os seus candidatos, que disputariam a eleição para representá-lo no Poder Legislativo.
Os distritos podem ser divididos para representar um número de eleitores ou um determinado território. Dessa forma, os partidos políticos poderiam indicar um candidato para concorrer em cada um deles. Assim, disputados os votos, eleger-se-ia um representante de cada distrito para o parlamento.
O advogado André Nery Di Salvo vê benefícios na adoção do voto distrital. “Com as eleições realizadas pelo sistema distrital, haveria um fortalecimento do Poder Legislativo, tendo em vista que o eleitor ficaria mais próximo do seu representante eleito, favorecendo a fiscalização e o controle externo das ações”.
Além disso, Di Salvo pontua que a democracia brasileira é inspirada na americana, a qual utiliza o voto distrital para eleição dos parlamentares. “O voto distrital promoveria uma maior conexão entre o eleito e a região, fazendo com que a distribuição de recursos entre as regiões ficasse mais equânime”.
Para o vereador Gustavo Pozzi (PP), o voto distrital seria positivo. “Todos os estados seriam divididos em regiões e cada uma delas teriam seus representantes, assim, aproximando os eleitos dos cidadãos que os elegeram. No entanto, tal regra para ser aplicada deve vir em conjunto com o fim das eleições proporcionais no legislativo, isto é, os candidatos aos parlamentos municipais, estaduais e federal mais votados ganhariam a eleição (assim como já são as eleições para Presidente, Governador, Prefeito e Senador)”.
O vereador Bira (Podemos) também é favorável à adoção do voto distrital. “Acredito que o voto distrital aproxima o representante da população, pois garante que o político eleito seja da mesma região do eleitor. Seria um grande aperfeiçoamento do sistema democrático brasileiro e fortaleceria a representatividade”.