Alckmin garante AME, mas desconversa sobre prédio
Geraldo Alckmin visitou São Carlos na manhã desta quarta-feira, 24. Ele acompanhou o anúncio dos novos investimentos na fábrica de motores da Volkswagen. Durante entrevista coletiva, o governador do Estado foi questionado sobre as obras do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que deve ocupar um prédio alugado na Vila Prado. Atualmente, ocorre a reforma do espaço. A Prefeitura estabeleceu que o ambulatório deve ser inaugurado em novembro. “O AME tem um duplo benefício. Melhora o atendimento primário e desafoga as Unidades Básicas de Saúde”, acentuou.
Em janeiro do ano passado, a Câmara aprovou a doação de um terreno de 5 mil m² ao governo do Estado para a construção do AME. Avaliado em R$ 500 mil, o terreno fica na rua Rotary Clube, próximo ao Hospital Escola, na Vila Marina.
Sobre a construção de um prédio definitivo, Alckmin desconversou: “O que é importante é instalar o AME. Estamos fazendo a reforma para começarmos a funcionar. Depois, se faz o prédio próprio”, disse.
Com 80% das obras de adequação concluídas, a reforma do AME, localizado em dois prédios na Vila Prado, contempla todos os ajustes necessários que atendem critérios de acessibilidade, segurança, entre outras exigidas pela Secretaria de Saúde.
Orçado em R$ 791.499,33 com recursos do Estado, depois de pronto o local oferecerá 17 especialidades médicas, exames e pequenas cirurgias ambulatoriais. Na semana passada, o prefeito Paulo Altomani (PSDB) esteve em São Paulo para conhecer o trabalho de Organizações Sociais, que podem vir a gerir o AME.
DEUS – Durante os discursos na fábrica de motores, o prefeito Paulo Altomani rogou a Deus que Alckmin seja o próximo presidente da República. O governador também desconversou sobre o tema. “Isso é só em 2018, tem muito tempo”.
Sobre o repasse do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da produção de motores para São Carlos, Alckmin também foi curto e grosso. “Essa é uma questão jurídica que será avaliada”.
CENÁRIO – A respeito do cenário econômico brasileiro, Alckmin demonstrou preocupação com inflação alta e retração da economia. “Não tem sentido esse aumento tão grande da taxa de juros, porque não tem inflação de demanda. A demanda está reprimida e a alta é muito de preço administrado, com um custo fiscal muito grande ao governo”, comentou o governador de São Paulo, ao ser perguntado sobre o relatório de inflação divulgado ontem, que prevê alta de 9% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e queda de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB).
