Saae volta ao centro das polêmicas na Câmara
Os parlamentares aprovaram, na tarde desta terça-feira, 11,, o projeto de lei que autoriza o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) a realizar empréstimo de R$ 22,5 milhões para investimentos na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Centro de Alta Tecnologia (Ceat), que abastece a Zona Sul de São Carlos, inclusive o Cidade Aracy.
Lineu Navarro (PT) afirmou que o projeto está em desconformidade com o Plano Municipal de Saneamento, que previa a desativação da Estação do Ceat e concentraria esforços na produção de água da Carlos Botelho. “Essa é mais uma prova da falta de planejamento dessa gestão, que apresenta uma coisa e faz outra, totalmente diferente do estabelecido”, observou.
O vereador Dé Alvim (SDD) aproveitou a votação do projeto para tecer outras críticas ao serviço de água e esgoto. “O Saae precisa de um planejamento melhor. Fizeram um recape no Aracy num dia. No outro, o Saae rasgou o asfalto da rua 24, novinho, para fazer um serviço. Isso não pode acontecer”, disse o vereador, mencionando a falta de sintonia entre a Secretaria de Obras e a autarquia da Prefeitura.
Freire (PMDB) citou a entrevista do presidente do Saae ao Primeira Página de terça-feira, em que Sérgio Pepino projeta solucionar o problema de ligações de água e esgoto, que somam 600 pedidos. “Tem gente que espera por 11 meses e meio por uma ligação. Dizem que os problemas de vazamentos foram resolvidos, mas não é isso que vemos na cidade. Está na hora de começar a trabalhar”, desabafou Freire.
Na mesma entrevista, Pepino estima que a cidade tem, hoje, uma média de 150 vazamentos. Segundo ele, quando pegou a autarquia, em 2013, eram 1.200.
Vereador cobra transporte de projetos sociais
O vereador Roselei Françoso (PT) protocolou, ontem, requerimento pedindo informações do transporte de alunos da Rede Municipal que participam dos programas de educação de São Carlos.
O parlamentar quer saber os motivos que levaram a Prefeitura a interromper o transporte de crianças dos projetos AABB, ASA, Campeões do Futuro e Casa Azul. “Esses programas têm o propósito de desenvolver atividades esportivas, mas não é só isso: tem acompanhamento pedagógico, cultural e promovem a inclusão e a socialização dos jovens e das famílias de baixa renda, moradores da periferia”, esclareceu Roselei.
Segundo o petista, a falta de transporte tem levado muitas crianças a abandonar os projetos sociais, que atendem crianças de 4 a 12 anos, especialmente dos bairros Cidade Aracy e Antenor Garcia.
