Cooperativa vai à Câmara e pede mudanças na legislação
Vinte e cinco vans interditaram o trânsito da rua Sete de Setembro, entre a Dona Alexandrina e a Avenida São Carlos por aproximadamente uma hora, na manhã desta quinta-feira, 20. Os integrantes da Cooperativa de Vans de São Carlos (Coopervansc) reivindicam alterações na legislação municipal que permitirá a ampliação do serviço na cidade.
Atualmente, 112 vans transportam os alunos, a cooperativa quer 128 para, inclusive, atender a uma demanda de 200 alunos que buscam o transporte escolar. “Queremos também a regularização de alguns trabalhos que são prestados à comunidade, como a participação das vans em eventos e transporte universitário noturno, o que hoje não é permitido por lei”, disse o presidente da cooperativa, Emerson Vergara.
Atualmente, o alvará de licença para a operação de uma van na cidade é concedido para cada dois mil habitantes; a cooperativa pretende reduzir esse número para 1.750 habitantes.
Outro ponto de reivindicação diz respeito ao cumprimento do primeiro parágrafo do artigo quinto da lei, que obriga o Departamento de Transporte e Trânsito da Prefeitura a alterar a permissão correspondente às licenças quando há o aumento da população.Quando a lei foi sancionada, em 2004, São Carlos tinha 210 mil habitantes. Hoje são 226 mil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Vergara, foram promovidas reuniões com o prefeito Paulo Altomani (PSDB), que demonstrou interesse em mudar a legislação. “Se as mudanças ocorrerem, vamos impedir o trabalho das vans clandestinas na cidade”, explica.
O presidente da Câmara de São Carlos Marquinho Amaral (PSDB) recebeu os cooperados e comprometeu-se em intermediar uma reunião entre a Prefeitura e a Câmara para resolver o impasse. “A Câmara não pode promover alterações sem consultar a Prefeitura porque pode incorrer em vício de iniciativa”, explicou.
Segundo Marquinho, o projeto circulou entre os poderes Executivo e Legislativo várias vezes, por conta de algumas alterações, e está na Comissão de Transportes desde o final de 2013.
“Só não votamos porque algumas alterações foram colocadas pela cooperativa, mas assim que tudo estiver definido, vamos analisar e possivelmente aprovar o projeto, que visa beneficiar não só a cooperativa, mas os pais e os alunos de São Carlos”, disse Marquinho.
