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Debates fora de contexto tomam conta de votação de R$ 6,9 milhões

23/05/2015 12h44 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Debates fora de contexto tomam conta de votação de R$ 6,9 milhões

A Câmara de São Carlos promoveu, na manhã de ontem, uma sessão extraordinária que analisou alguns projetos que não foram apreciados no encontro de terça-feira, entre eles um crédito adicional especial da Prefeitura de R$ 6,933 milhões. Esse valor é da Secretaria de Educação referente à Quota Salário-Educação (Q-Se). Uma sessão tranquila e rápida, conforme as previsões iniciais, tornou-se cansativa e com discursos fora de contexto, com ênfase no embate político entre PT e PSDB.

Apenas esse projeto apresentou discursos, que se arrastaram por 1h30. A matéria já trazia rusgas da última terça-feira, 19. É que os parlamentares ‘travaram’ a pauta por conta do projeto de lei que tratava dos lotes do Centro Empresarial de Alta Tecnologia (Ceat).

Na audiência pública de quarta-feira, 20, durante sabatina na Câmara, a secretária de Educação, Regina Garcia Ferreira, reclamou da falta de votação do crédito, que será utilizado nas questões de infraestrutura da pasta.

O projeto foi motivo de algumas polêmicas durante a tramitação no Legislativo. Uma delas dizia respeito à destinação de R$ 2 milhões para a construção de uma nova sede para a secretaria, fato que foi desmentido pela secretária Regina, porém o projeto não passou pelas devidas correções e foi devolvido à Prefeitura.

“Nós não votamos antes por um erro de prioridades estabelecido no projeto. Quando a matéria voltou à Câmara, as comissões analisaram o caso em três dias”, justificou Roselei Françoso (PT).

O vereador Lineu Navarro (PT) endossou o discurso de Roselei. Segundo ele, a Educação precisou corrigir o projeto por três vezes. “A Educação está em situação de penúria porque não tem capacidade para usar recursos do governo federal”, explicou.

A sessão ganhou viés partidário quando o petista insinuou que há uma ‘disputa’ entre Sérgio Rocha (PTB) e Edson Fermiano (PR) pela liderança do governo Altomani na Câmara. “Não fui convidado e se for não aceitarei. Quero ser líder da minha casa”, respondeu Rocha.

Ronaldo Lopes (PT) também atacou o vereador do PTB. Na tribuna, Sérgio Rocha disse que o governo tucano entregou sete escolas, cujas obras estavam paradas. “O que leva o vereador [Sérgio Rocha] a ser líder? É defender o indefensável? O governo não entregou sete escolas, mas sim quatro”, desabafou. “Essas escolas que foram concluídas já estavam licitadas pelo governo passado. Outras cinco sequer foram licitadas por esse governo”, complementou Roselei.

CLAQUE – A cada fala dos vereadores da base aliada, alguns servidores da Educação, cargos em comissão, aplaudiam os parlamentares que faziam discurso anti-PT. “Dizer que houve um esforço para a aprovação do projeto é uma mentira. Houve sim uma manobra da oposição para retardar a votação do tema”, atacou Maurício Ortega (PSDB).

 

Um outro projeto que foi retirado de pauta diz respeito a crédito adicional suplementar de R$ 650 mil, referente ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Desse recurso, R$ 190 mil eram referentes à indenização do município a uma clínica particular de repouso de idosos, o que levantou dúvidas dos vereadores. O projeto foi retirado de pauta. 

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