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Federalizar HE é uma saída inteligente para São Carlos, diz diretor da Anvisa

29/05/2013 11h21 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Federalizar HE é uma saída inteligente para São Carlos, diz diretor da Anvisa

O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Barbano, defendeu a federalização do Hospital-Escola “Horácio Carlos Panepucci” (HE). Em entrevista exclusiva ao Primeira Página, Barbano classificou como ” proposta reducionista” incluir um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na unidade. “O Hospital Escola precisa interagir com a Santa Casa no atendimento à população, precisa atender bem a população e formar o aluno do curso de Medicina, portanto tem que ser um hospital de atendimento geral e não específico, para um tratamento de câncer, por exemplo, ou um ambulatório de especialidades”, destacou.

 

A proposta de incluir o AME no HE foi reiterada por várias vezes pelo prefeito Paulo Altomani (PSDB). Barbano, que foi secretário de Saúde de São Carlos em 2006, na gestão do ex-prefeito Newton Lima (PT), afirmou que, ao pensar na redução do atendimento do HE, São Carlos pode quebrar elos de relacionamento na Rede de Saúde do município. “São Carlos não pode se colocar como dona do hospital. O Hospital-Escola visa o atendimento de São Carlos e da microrregião. Nesse contexto eu enxergo para o município uma possibilidade de incorporar a unidade de saúde à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Seria uma saída inteligente para a cidade e permitiria o desenvolvimento da saúde em sua plenitude”, acrescentou Barbano.

 

DESAFIOS – Sobre as mudanças promovidas pelo prefeito Paulo Altomani (PSDB) na saúde – no último sábado (25) o secretário de Saúde, Edílson Abrantes, foi exonerado do cargo – Barbano pondera que trabalhar na gestão da saúde não é uma tarefa simples.

“Não adianta qualquer pessoa achar que tem conhecimento e que isso vai resolver os problemas da saúde, não vai”, observou.

Para Barbano, o desafio da atual administração é encontrar gestores que consigam compreender o sistema de saúde e as relações entre os serviços de atenção básica e de atenção especializada, o que significa a montagem de uma rede de saúde integrada com foco nas pessoas. “O atendimento na saúde é de responsabilidade diária. É preciso diminuir os prazos que existem para consultas e exames e trabalhar na integração desses serviços. Isso vale para qualquer cidade. “Administrar a saúde não é uma tarefa fácil, envolve questão de financiamento, de recursos humanos e as questões da estrutura do município”, completou.

 

Falta projeto para a saúde, alerta Barbano

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem uma ligação intrínseca com a saúde da cidade de São Carlos.

Ele acentuou que a questão da saúde em São Carlos é um pouco mais complexa, visto que a cidade é pólo de atendimento de uma microrregião.

“Essa complexidade não foi percebida no início da gestão do governo Altomani e, na verdade, vai precisar encontrar pessoas que tenham condições de interagir com as equipes de saúde, de dialogar com os médicos, de compreender o papel das Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família, além de estabelecer diálogo com outros municípios e promover sustentabilidade na saúde”, afirmou.

Segundo Barbano, falta projeto para a saúde de São Carlos. “Foram feitas muitas promessas durante a campanha eleitoral e o que foi  prometido não é simples de ser cumprido”, encerrou.

 

 

AME será a porta de entrada do Hospital-Escola, define Altomani

O prefeito Paulo Altomani disse que respeita as opiniões do diretor da Anvisa sobre o Hospital- Escola (HE), mas acredita que há a possibilidade de inserir o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no primeiro módulo do hospital. “O AME será a porta de entrada do Hospital-Escola com a prestação de serviços ambulatoriais, realização de pequenas cirurgias e diagnósticos médicos”, afirmou.

Segundo Altomani, no segundo módulo será possível o atendimento da população de São Carlos e de outras cidades da região. “Discutiu-se que não poderia ocorrer a alteração no projeto original, mas conversando com o governador [Geraldo] Alckmin, que é médico, chegou-se à proposta de fazer um AME no primeiro módulo do hospital, na área de 7 mil metros da unidade”, comentou.

 

De acordo com Altomani, o governo deve investir entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões para o custeio do Ambulatório.

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Cidadão instisfeito
Cidadão instisfeito
10 anos atrás

Será que ninguém percebe que, na verdade, Paulo Altomani só está pensando em desfazer quaisquer eventuais benefícios das gestões anteriores para criar o seu próprio capital político?
Não é uma questão do que é melhor ou não é melhor para a população, mas tão só e unicamente um projeto criar seu espaço político no município, que há duas décadas ele lutava para administrar.
Não faço nenhuma defesa ao PT (aliás, é um partido extremamente criticável), mas a forma como esse governo (ou seria mais honesto dizer desgoverno?) tem tratado a cidade é um despropósito. prova disso é que 5 secretários já abandonaram o barco e se mantém calados por questão ética, o que não é feito pelo Paulo Altomani e por seus cães de guarda (o vereador Equimarcílias parece ser o grande puxa-saco mor, realmente esse edil é um cretino descarado), que tentam colocar a culpa nos secretários que deixaram a administração por perceber que é um barco furado.
E para aumentar a falta de sensibilidade, o prefeito rebate as colocações de um profissional de nível nacional, com sua proposta mesquinha (…).
E teremos que aturar essa besteira por 4 longos anos!!!

Resolver
Resolver
10 anos atrás

Gostaria de chamar a atenção que o Hospital Escola pode parar em poucos dias por causa da prefeitura não fazer a coisa simples repassar as verbas encaminhadas pelo governo federal a um bom tempo!
Não entendi esse comentário agora é nos prefeito!
Sendo que a prefeitura esta deixando o Hospital Escola parar por causa do NÃO REPASSE de verbas que o governo federal encaminhou a um bom tempo!
Só por questões políticas!
Acredito que isso seja resolvido rapidamente passando o Hospital Escola para o governo federal, já existe proposta para isso e a prefeitura não fez nada ao respeito.
Só por questões políticas!
Que pena!
Tirar a possibilidade de pessoas que não tem para pagar um plano de saúde tirar a chance de ter um atendimento de qualidade e de primeiro mundo!
Espero que resolva isso rapidamente.

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