Justiça quer explicações de Altomani sobre o caso ‘Lulinha’
A polêmica envolvendo o prefeito Paulo Altomani e o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula (Lulinha) da Silva, teve nova movimentação na Justiça. O desembargador Willian Campos, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pediu explicações em juízo ao administrador de São Carlos sobre postagem feita pelo tucano no Facebook no dia 15 de março. No texto em questão, o prefeito diz que a Friboi, frigorífico ligado ao grupo JBS, pertence ao empresário, como argumento para incentivar seus seguidores a irem a um protesto contra o governo Dilma Rousseff (PT).
O pedido tem base no artigo 144 do Código Penal, que trata das questões de calúnia, injúria e difamação.
A Prefeitura de São Carlos não costuma comentar decisões judiciais, mas o prefeito recebeu a notificação da Justiça em 15 de junho e tinha até sexta-feira para se manifestar sobre o caso, que ganhou repercussão nacional.
LULINHA – O filho do ex-presidente da República, na ocasião, chegou a emitir uma nota de esclarecimento sobre o assunto. “O prefeito usou uma mentira sobre o filho de Lula para convocar as manifestações do dia 15 de março em sua cidade, dizendo que: ‘não é justo o Tesouro Nacional tirar dinheiro de nossa cidade para repassar ao BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento] para financiar por exemplo a empresa Frioboi (sic), que pertence ao Lulinha, e que paga cachês milionários para o ator Tony Ramos para vender em rede nacional sua carne financiada com recursos de saúde educação limpeza publica etc.’”, afirma o comunicado divulgado pelo filho do ex-presidente.
O comunicado nega ainda que Fábio tenha qualquer relação com a empresa. “Fábio não é proprietário, tampouco sócio da empresa JBS, dona da marca Friboi”.
Altomani foi o segundo político do PSDB interpelado judicialmente este ano por fazer acusações contra o filho de Lula. Uma outra ação foi protocolada contra o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal, em 18 de março. Na ocasião, a defesa de Lulinha acusou o político de “mentir indiscriminadamente”.