Ibateense fala sobre indefinição política na cidade
Onze meses se passaram desde a última eleição, mas a cidade de Ibaté ainda não tem prefeito definido. Isso porque o candidato que venceu a eleição de 2012, Alessandro Magno Rosa (PSDB), teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não define se mantém ou não a cassação do prefeito, o município é administrado interinamente pela presidente da Câmara de Vereadores, João Siqueira (PP). Entretanto, o próprio TRE marcou novas eleições para o dia 6 de outubro.
A indefinição política incomoda a população de Ibaté, que é de quase de 24 mil habitantes. Eles afirmam que a situação prejudica o município. “Não consigo entender porque eles não resolvem isso de uma vez. O único prejudicado nisso tudo é a população”, declarou a lavradora Lívia Sampaio.
Os moradores de Ibaté reclamam que os políticos são perseguidos. “É sempre o mesmo problema, ao invés de se preocupar com a cidade, o prefeito que ganha a eleição se preocupa em se defender, e quem paga a conta é o povo”, afirma o motorista Claudinei Brandão.
Enquanto a indefinição segue, os partidos políticos do município estão marcando suas convenções, pois a data limite para apresentarem ao Cartório Eleitoral da 410ª Zona Eleitoral o requerimento de registro dos candidatos é dia 6 de setembro, às 19h. “Como a gente vai escolher um candidato se a gente não sabe nem se ele vai poder ser prefeito depois?”, indaga o cabeleireiro Sílvio José.
“Pode ser o terceiro prefeito em menos de um ano. Isso prejudica a cidade, porque cada um que entra escolhe os seus funcionários, manda outros embora e não da continuidade no que o anterior estava acontecendo anteriormente”, completa Hélio Francisco da Silva, também cabeleireiro.
CRONOLOGIA
No dia 2 de maio de 2013, Alessandro Magno de Melo Rosa e o vice Horácio Carmo Sanches tiveram seus mandatos cassados por abuso de poder econômico e político através de propaganda institucional durante a campanha de 2012. No dia 11 de junho, o TER manteve a cassação, e ordenou que fosse feita a retotalização de votos. Como Melo Rosa teve mais de 50,1%, uma nova eleição foi marcada. Mas a cassação ainda cabia recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os advogados recorreram a decisão, que ainda não foi julgada.
INDECISÃO
Como o recurso movido por Alessandro Rosa e Horácio Sanchez no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, ainda não foi julgado, todo esse processo eleitoral que está se desenhando em Ibaté pode retroceder. Isso porque, caso o recurso a ser julgado pelo TSE seja acolhido, volta a valer o resultado obtido nas urnas em 2012, o que colocaria o tucano de volta ao cargo. O julgamento ainda não tem data definida.