Prefeitura deve abrir processo seletivo para contratar farmacêuticos
A Prefeitura de São Carlos pretende abrir um processo seletivo para suprir o déficit de farmacêuticos na Rede Municipal de Saúde. A afirmação é da secretária de Administração e Gestão de Pessoal, Helena Antunes, que participou de audiência pública para tratar da situação enfrentada pelos usuários do SUS que procuram a assistência farmacêutica da rede pública de saúde, na tarde de ontem, na Câmara de Vereadores.
Presidido por Lineu Navarro (PT), o vereador explanou sobre o quadro atual no setor. O atendimento foi concentrado em seis unidades e no Centro de Especialidades e na maior parte delas os usuários do SUS são atendidos em apenas um período do dia.
Em 2012, a Prefeitura obteve junto ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP) um prazo para contratar novos farmacêuticos em substituição aos enfermeiros e auxiliares de farmácia que até então trabalhavam nesses locais.
Helena Antunes explicou que problemas judiciais com o concurso público que visava à contratação dos profissionais impediram tal acordo. Ela comentou que a Prefeitura não descarta a possibilidade de uma reorganização do quadro funcional, uma vez que, segundo ela, algumas funções apresentam cargos em excesso e, em outros casos, há um déficit. “O processo seletivo foi aprovado pelo prefeito e há o estudo para a formação da banca, que definirá edital e outros detalhes. Não há um número específico de vagas”, explicou Helena.
O secretário de Saúde, Marcus Petrilli, contou que 29 unidades de saúde eram responsáveis pela distribuição dos medicamentos, mas com as novas determinações do Coren, houve mudança no quadro. Dos 12 postos de trabalho, a Rede de Saúde tem 7 farmacêuticos atuando; 1 deles tem restrição ao atendimento público por conta de problemas psicológicos.
“Mesmo com processo seletivo, primeiro temos de reestruturar o que temos para depois pensarmos em ampliação do serviço”, revelou o chefe de Divisão de Assistência Farmacêutica, Paulo André Rezende.
Outro problema detectado pelos farmacêuticos é a carga excessiva de trabalho. Apenas a UBS do Santa Felícia chega a efetuar 800 atendimentos diários. Um dos integrantes do Coren, Paulo Souza, também participou do encontro. Ele destacou a importância da assistência farmacêutica na Rede de Saúde, inclusive para evitar a perda de medicamentos: “48% das perdas de medicamento, por exemplo, estão relacionadas ao armazenamento inadequado”, afirmou.
Das 29 unidades de Saúde existentes em São Carlos, apenas o Centro Municipal de Especialidades (Ceme) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do São José, Redenção, Aracy, Cruzeiro do Sul, Fagá, Santa Eudóxia e Água Vermelha distribuem medicamentos.
