Projeto que retirava R$ 1,5 milhão da Saúde é retirado da pauta
Atendendo ao pedido do prefeito Paulo Altomani (PSDB), a Câmara de São Carlos aprovou a retirada de pauta de um projeto que abria crédito à Secretaria de Fazenda de R$ 1,5 milhão. O projeto estabelecia a transferência de recursos da Secretaria de Saúde para assuntos relacionados a consultoria nas áreas de auditorias fiscal e orçamentária. “Parabéns ao prefeito por ter reconhecido esse absurdo. É um projeto que causou estranheza, afinal tira dinheiro da saúde, recurso que é prioridade para qualquer governo. Porque sem recurso, um governo não tem prioridade”, afirmou o vereador Lineu Navarro (PT).
“O remanejamento de orçamento é prerrogativa de qualquer prefeito, no entanto destinar R$ 1,5 milhão para consultoria é um descalabro”, comentou Roselei Françoso (PT). “Não tem nada que agradecer ao prefeito pela retirada do projeto. Temos que verificar o que será feito com o projeto no futuro”, disse Walcinyr Bragatto (PV).
Outro projeto solicitado pela Prefeitura para devolução foi de um crédito adicional de R$ 267 mil da Secretaria de Comunicação. O recurso seria transferido do Fundo Municipal de Esporte para a secretaria, porém, de acordo com o alerta do vereador Roselei, a transferência poderia trazer problemas à Prefeitura, já que o remanejamento da verba não foi analisado pelo Conselho Municipal de Esporte e Lazer.
OUTROS PROJETOS
Os vereadores aprovaram a abertura de crédito adicional de R$ 2,5 milhões ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) para obras complementares na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e aquisição de equipamentos.
Outro crédito adicional, de R$ 1.056 milhão à Secretaria de Educação, foi aprovado pelos parlamentares. O recurso será utilizado na aquisição de materiais. Um crédito de R$ 480 mil da mesma secretaria foi aprovado na sessão de ontem. O dinheiro será destinado ao transporte escolar de alunos da zona rural.
“Os ônibus do transporte escolar realizam 35 rotas diariamente e transportam 1.800 alunos. Nesse ano, só o transporte escolar receberá R$ 10 milhões em recursos, apenas R$ 2,4 milhões são do governo de São Paulo”, disse o vereador Roselei Françoso.
