Ronaldo Lopes vê como desafio ser oposição

03/11/2012 17h42 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

O vereador Ronaldo Lopes (PT) conquistou a reeleição para a Câmara e entra em 2013 no segundo mandato com 1.887 votos, um volume maior do que da primeira eleição. Eleito pelo Partido dos Trabalhadores, desenvolve um mandato gerido por um Conselho Popular que inclusive sugere a apresentação de propostas na Câmara Municipal.

Ele avalia que o crescimento nas urnas é fruto do trabalho ético que tem feito como parlamentar. “Quando se tem um trabalho sério, o resultado consequentemente virá. Dentro da meta da reeleição, já que trabalhamos para isso, ter um aumento de votos, mesmo com um número maior de candidatos como ocorreu agora, é bastante satisfatório”, relatou.

Lopes agora passa a ser oposição. Para ele, o primeiro mandato foi um desafio, mesmo estando na base de sustentação do prefeito Oswaldo Barba (PT). “É claro que estar na oposição será um desafio maior, mas agora será outra experiência. Não estou mais como vidraça. Entretanto o trabalho que pretendo realizar não terá diferença dos últimos quatro anos”, afirmou.

O petista também deixou claro que o seu papel como vereador será fiscalizar e cobrar o que foi prometido para a cidade pelo novo prefeito Paulo Altomani (PSDB). “Mas meu papel é também construir parcerias e trabalhar da mesma forma que atuei como vereador nesse período”, relatou.

Para ele, por estar na base de sustentação do governo, as críticas eram feitas em outro patamar. “Eu sempre procurei conversar, esse é o meu jeito. Eu pretendo continuar dessa maneira, só não sei como vou ser recebido e qual será o retorno dessa conversa. Aí depende da atuação no dia-a-dia”, relatou.

O vereador que veio da base sindical afirmou, entretanto, que conhece apenas o empresário Paulo Altomani (PSDB) e não o administrador público. “Enquanto representante da categoria, eu espero que a experiência que tive com o Altomani como empresário da categoria de metalúrgico não se repita no setor público”, afirmou.

“Na minha avaliação, ele como empresário não permitiu a liberdade sindical, o que não é democrático. Com isso deixou a desejar pela falta de ouvir as reivindicações e conquistar um acordo plausível às duas partes”, disse Lopes.

Contudo, o vereador aposta que Altomani terá uma postura diferenciada na administração pública. Para Lopes, o prefeito eleito agora está em uma situação em que ele tem de dar exemplo. O vereador exemplifica na questão do seu projeto que se tornou lei e que exige que os órgãos públicos e privados de saúde identifiquem os acidentes de trabalho ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

“Regulamentar essa lei e aplicá-la será uma tarefa do novo prefeito. A proposta vai ao encontro da necessidade dos trabalhadores. Isso envolve a política pública na área de saúde”, ressaltou Lopes.

Ele finaliza que essa lei é o início de um trabalho que constrói a política pública de saúde para os trabalhadores da cidade. “Ela resultará na implantação do Cerest em São Carlos. O meu trabalho será voltado também para esta conquista”.