Roselei deve pedir CPI para esclarecer polêmica dos uniformes escolares
O vereador Roselei Françoso (PT) está disposto a pedir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a questão da compra dos uniformes escolares. Na última sexta-feira (6), a Prefeitura de São Carlos reuniu a imprensa para esclarecer pontos da ata de registro de preços para a compra do material, em que a empresa vencedora foi a Nicaltex Têxtil Ltda. por um valor de R$ 9,5 milhões, valor bem superior às compras da gestão passada que ficaram em R$ 743,6 mil em 2011 e R$ 166,6 mil em 2012.
“Como agente fiscalizador, estou propondo à Prefeitura o cancelamento da ata. Caso contrário, vou formalizar um pedido de CPI”, adiantou o vereador Roselei.
Para a formação da CPI é necessária a adesão de sete parlamentares, um terço da Câmara. A bancada do PT composta pelos vereadores Lineu Navarro, Ronaldo Lopes e Roselei Françoso sinalizam apoio à CPI. Os vereador Walcinyr Bragatto (PV), Aparecido Penha (PPS) e Idelso Paraná (PHS), que adotam uma postura independente na Casa, devem referendar o apoio.
Nos bastidores do Legislativo, comenta-se que pode haver desconforto se o presidente da Comissão de Educação, Ditinho Matheus (PMDB), não apoiar a abertura da CPI. “A Prefeitura preza pela qualidade do uniforme, mas os valores são desproporcionais, passíveis de uma rigorosa investigação. É dinheiro público que está em discussão. Não podemos permitir irregularidades”, alertou o vereador.
Na última sexta-feira (6), o secretário de Governo, Júlio Soldado, e o vice-prefeito, Cláudio Di Salvo, reuniram a imprensa para dar esclarecimentos sobre a compra dos uniformes.
Ambos ressaltaram, por diversas vezes, a qualidade dos uniformes, mas não garantiram que não haverá compra da empresa Nilcatex. Segundo Soldado, a ata de registro de preços tem validade por um ano e nesse período, a Prefeitura não é obrigada a comprar itens da empresa.
O cadastro no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, segundo Soldado, permitirá que a Prefeitura compre uniformes de outras empresas. Ele garantiu que as aulas recomeçam em 2014, com o fornecimento do material às crianças. “A CPI se propõe a apurar a verdade, verdade que a população de São Carlos precisa constatar”, concluiu Roselei.