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São-carlenses repercutem desempenho de Dilma e Alckmin

02/07/2013 11h15 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
São-carlenses repercutem desempenho de Dilma e Alckmin

As três últimas semanas de manifestações pelo Brasil começam a surtir efeitos. Da insatisfação pelo aumento das passagens de ônibus ao grito de ‘não’ à corrupção generalizada dos políticos, a avaliação dos governantes em geral sofre com o apelo popular.

 

O Primeira Página saiu às ruas para conferir tal situação e entrevistou a população justamente quando está em alta a repercussão da última pesquisa do Instituto Datafolha finalizada sexta-feira passada (28). A presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, apresentaram queda acentuada em popularidade, respectivamente 27 e 14 pontos percentuais.

Dilma Rousseff, em março deste ano, teve seu governo avaliado como ótimo ou bom por 65% dos entrevistados. Na primeira semana de junho, esse índice já estava em 57%. E agora, chega aos 30%. Foram ouvidos, para tanto, 4.717 pessoas em 196 municípios.

Com relação a Geraldo Alckmin (PSDB), o Datafolha registrou, em 7 de junho, que 52% dos entrevistados avaliaram como positiva (ótimo ou bom) a sua atuação. Na atual pesquisa, esse indicador está em 38%. O instituto entrevistou 1.723 pessoas em 44 cidades do Estado. Para ambas as pesquisas há uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.

Em São Carlos, o apoio às manifestações e rejeição à corrupção e à falta de investimentos em saúde e educação estão entre os desejos demonstrados pelos entrevistados. E tudo isso aliado a um sentimento de mudança, e de que a cidadania se faz no dia-a-dia.

 

OPINIÃO

 

Edivaldo Moraes, 49 anos, comerciário, é a favor das últimas manifestações, mas tem dificuldade em acreditar que os governantes se renderão à vontade popular: “Devido aos aumentos, à corrupção, as coisas erradas de Brasília. Vão tentar realizar algo, mas não vão conseguir. O Lula influencia muito o governo. E sou a favor das manifestações”.

 

Cristiane Tonane, 34 anos, comerciária, acredita ser um dever dos políticos ouvirem seus eleitores: “Eles deveriam sair. Aumentaram tudo. Deveriam dar uma chance para os brasileiros. Se eles estão pedindo, tinham que ouvir. Votamos neles”.

 

Gislaine Benedito, comerciária, mãe de Isabelly Benedito, revela seu descrédito em relação aos políticos. E sente falta de investimentos em saúde e educação: “Investiram em Copa [das Confederações]? Tá bom. Mas deveriam pensar no povo brasileiro, pensar mais na saúde e educação. Com as manifestações, o Brasil acordou. Infelizmente, creio que [políticos] não darão retorno. As reuniões da Dilma não têm um fim”.

 

Luiz Carlos Pires, 64 anos, aposentado, aponta para o trabalho a solução dos problemas do país: “Não fale em crise, trabalhe. O que faz a crise é a falta de trabalho. Parar com a corrupção. Já estive em outros países, e aqui é maravilhoso. Mas tem que saber fazer uma reivindicação certa. Não envolver políticos, partidos. Se todo mundo tiver boa intenção, mais instrução para o país, o Brasil cresce muito”.

 

João Luiz, 54 anos, comerciário, tem esperanças em melhoras para o país, desde que os políticos entendam as reivindicações populares: “Acho válido as manifestações. Tá melhorando a situação. Mas tem que entender o que a população tá pedindo”.

 

Adevar Domingos, 39 anos, comerciário, compreende que a corrupção é um mal sem solução. E que a Dilma não tem com agir sozinha: “A Dilma não tá mal. Para vencer a corrupção, não tem como, tem que ter jogo de cintura. E fazer o jogo da corrupção. Ela quer fazer algo, mas é muito difícil. O Alckmin pensa mais no partido do que no próprio povo. O povo precisa ser mais maleável”.

 

Aliza Liberato, 62 anos, comerciária, participou das manifestações e pede aumento para o salário mínimo: “Eles vão cair até mais. Estão deixando a desejar na área da saúde. Dilma e Alckmin deveriam fiscalizar o dinheiro. Participei das manifestações e vou em outras. Não tenho com quem falar [manifestar]. Salário mínimo deveria ser de R$ 1.500,00. Uso óculos de barraquinha. Não tenho como viver com R$ 600,00. Como vou pagar dentista? Eles têm como saber, sim, do que se passa. A mídia monitora tudo. E a corrupção eles têm que investigar”.

 

 

Maurício Domingos, 58 anos, comerciário, entende que o futuro político de Dilma Rousseff será ainda pior: “Vai cair mais. O Alckmin, não. Ele pode ajudar. A Dilma? Ta igual ao Lula, só passeando com o dinheiro do povo. Ela quer fazer plebiscito. O próprio juiz disse que não precisa, é só por uma lei. E não concordo com o passe livre. Andar de graça? Que pague um pouco menos”.

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