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Setor gráfico ignora propaganda eleitoral

12/07/2012 12h49 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Setor gráfico ignora propaganda eleitoral

Com o acordo entre partidos políticos e a Justiça Eleitoral em São Carlos que vetou até o momento o uso de cavaletes, expostos nas calçadas, muros pintados e o ato de jogar panfletos com propaganda política na cidade, isso parece não afetar o comércio de gráficas que trabalham para atender a este segmento.

 

Em sondagem feita pela reportagem do Primeira Página, em um universo de 70 gráficas, 20  foram questionadas sobre uma possível queda no faturamento com as restrições e apenas três estabelecimentos afirmaram trabalhar em campanha política.

A grande maioria, que equivale a 85%, afirmou não aceitar este tipo de encomenda. Como foi o depoimento de Otávio Rizzoli, da gráfica que leva seu sobrenome que não deixou de esconder o descontentamento com a irresponsabilidade dos políticos em eleições anteriores que lhe “trouxeram mais problemas que solução”. Hoje ele é categórico em dizer que não faz campanha política.

Sem ter uma posição completamente definida, a gerente administrativa da Gráfica Freitas, Valéria Gomes, afirmou que até o momento não houve em seu estabelecimento nem mesmo sondagem de preço para produtos ligados à campanha eleitoral. “Mas pela experiência anterior o volume de vendas não interferiu no orçamento do ano, já que a procura foi mínima” disse.

Na outra ponta do mesmo negócio o proprietário da Art Point Gráfica, André Favoretti, disse que investiu em seu parque gráfico para atender as demandas das eleições. Para ele, mesmo com algumas restrições como a impressão de cartazes para os cavaletes publicitários, o mercado será beneficiado com outros produtos como as cartas que serão enviadas pelos Correios.

“Perde-se por um lado e se ganha por outro. Minha expectativa é que o faturamento se iguale ao de 2008, ano da última eleição municipal. Para esse ano tem aquelas propagandas coladas no vidro traseiro dos carros que estão com preço mais acessível. Elas podem substituir os cavaletes. Com isso o ano eleitoral traz um acréscimo de 20% no orçamento”, afirmou.

Na mesma toada, a proprietária da gráfica Andreoli Guillen, Liliane aponta que as restrições são poucas e que o mercado não será afetado. Tanto que investiu em novos equipamentos nos últimos anos para poder atender aos políticos e aos clientes tradicionais da gráfica.

Entretanto, ela estima que no segmento de cartazes deverá provocar uma perda de 10%. “Este tipo de produto é de difícil distribuição. Em muitos lugares já era proibido colar cartazes”, relembra.

 

 

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