Vereadores aprovam verba para a construção de UPA no Aracy
A Câmara de São Carlos aprovou, por 16 votos, o projeto que suplementa recursos à saúde do município, que possibilitará a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ao Cidade Aracy. O projeto, inclusive, foi anunciado pelo prefeito Paulo Altomani (PSDB) em janeiro desse ano.
A UPA terá 25 leitos de estabilização e contará com um anexo, onde funcionará o centro de diagnósticos para a realização de exames laboratoriais. Ela será em um terreno na rua Reinaldo Pizani, próximo ao Centro da Juventude, atenderá 40 mil moradores do grande Cidade Aracy e bairros vizinhos, como Antenor Garcia, Presidente Collor, Jardim Zavaglia e empreendimentos imobiliários que serão construídos no futuro. O terreno tem 7 mil m², com uma construção de 1,5 mil m². A UPA tem a previsão de conclusão num prazo de 15 meses após o início das obras.
O projeto, importante à Zona Sul de São Carlos, não escapou das críticas da oposição. Segundo o vereador Idelso Marques de Souza Paraná (PHS), o prefeito havia prometido um hospital, como o de Campo Limpo Paulista (SP), citado como modelo na campanha eleitoral. “A UPA será construída com dinheiro do governo federal. Não foi isso que prometeram na campanha”, disse Paraná.
O vereador Dé Alvim (SDD) elogiou a obra. Ele diz entender as críticas da oposição, mas destacou a importância do projeto para a região. “É uma UPA avançada. Terá, inclusive, cinco leitos para a pediatria e um laboratório de diagnóstico”, afirmou.
DENÚNCIA
Durante a votação do projeto, o vereador Walcinyr Bragatto (PV) denunciou que a Prefeitura está prestes a perder três Unidades de Saúde da Família (USFs) nos bairros São Carlos 3, Antenor Garcia, Jardim Munique e Beatriz/Medeiros. De acordo com o parlamentar, o projeto, a ordem de serviço e a contratação não foram elaborados pela Prefeitura. Os monitoramentos do Ministério da Saúde aconteceram em janeiro e fevereiro desse ano.
“Se as ordens de serviço não ocorrerem até o dia 14 de março [sexta-feira], São Carlos terá sua proposta cancelada e deverá devolver os recursos ao Fundo Nacional de Saúde”, denunciou Bragatto.
Dos recursos aprovados pelo Legislativo, segundo o projeto, R$ 2,2 milhões serão destinados às obras físicas da UPA; outros R$ 200 mil para o mobiliário da unidade e R$ 800 mil como a contrapartida da Prefeitura.
Em entrevista na noite de ontem, o secretário de Obras Públicas, Márcio Marino, informou que a Prefeitura trabalha para não perder os recursos. Ele disse que as secretarias de Habitação e Saúde participam de uma força-tarefa para solucionar o problema. “Tivemos problemas com documentos de algumas áreas para as USFs e esperamos publicar essas licitações até sexta-feira”, comentou.
