Relacionamentos tóxicos e abusivos
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Na coluna desta semana conversaremos um pouco sobre relacionamentos disfuncionais, sejam esses de amizade, familiares ou amorosos. Ou seja: os relacionamentos tóxicos ou abusivos.
Em um relacionamento tóxico não há necessariamente a intencionalidade de se fazer mal ao próximo, porém, há um desequilíbrio na relação, causado por questões de uma pessoa que acabam por afetar o outro, deixando esse outro desprotegido, fragilizado e até mesmo sendo manipulado nas situações para benefício do primeiro.
No relacionamento abusivo, por outro lado, a gravidade é maior, pois há a intencionalidade de se fazer um mal a esse outro. Há o desejo de satisfazer a si, em vez da busca pela saúde e bem estar da dupla ou grupo; e esse desejo é satisfeito de maneiras que acabam por ser violentas, como: com violências psicológicas, físicas e até sexuais.
Esses tipos de relação, tóxica ou abusiva, podem demorar muito tempo para serem percebidas. Mas, com o passar do tempo, é possível ver as atitudes de uma pessoa irem mudando, de forma lenta, contínua e crescente. Até que se tornem sintomáticas ao relacionamento.
E alguns sintomas desses modelos de relacionamentos são: controle de vestimentas por um dos parceiros; interferir em relações com terceiros (exigindo que elas sejam extintas); tentativa de controle de atividades online; buscar diminuir o parceiro(a) em locais públicos e na frente de amigos; ressaltar apenas características negativas; distorcer fatos; uso de agressões verbais, emocionais, físicas e sexuais; e a pessoa se colocar como a única capaz de amar o parceiro que é criticado a todo momento.
Quando há essa tomada de consciência pela vítima, a terapia se faz grande aliada daqueles que buscam sair desses relacionamentos, pois, entre as consequências mais comuns das pessoas que estão na lógica desses modelos não saudáveis, nós temos a autoculpabilização, a ansiedade e a depressão.
Nesse sentido, a terapia ajuda no autoconhecimento, retomada de autoestima, o trabalho de questões ansiosas e depressivas e a recriar redes de apoio, por exemplo. Além de ajudar no maior reconhecimento dos fatos que tornaram o relacionamento tóxico ou abusivo para que esses modelos não sejam repetidos em relacionamentos futuros.
Matheus Wada Santos
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