Atendimento a vítimas de violência cresce 76% em São Paulo
O
Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), rede paulista que
oferece apoio psicológico e jurídico a vítimas de crimes
violentos, fez, no ano passado, 2.476 atendimentos, entre triagens,
acolhimento e consultas. Considerado um recorde, o resultado supera
em 76% o volume atingido em 2018, que foi de 1.406.
Segundo o
coordenador do Cravi, Bruno Fedri, o indicador evidencia “a
popularização” dos trabalhos desenvolvidos. Balanço da
Secretaria da Segurança Pública indica que, somente no ano passado,
houve 236.247 crimes violentos em todo o estado. Na estatística,
entram casos de extorsão mediante sequestro, latrocínio, homicídio
doloso, roubo e estupro.
O Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) destaca que esse contexto de agressões se impõe,
atualmente, sobre muitas das crianças que vivem na cidade de São
Paulo. Conforme relatório lançado em novembro pelo Unicef, em 2017,
mais de 1 milhão de menores de idade moravam em áreas afetadas pela
violência armada, na capital.
Paraisópolis
De
acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania, entre os atendidos,
constam os nomes de 26 parentes dos nove
jovens mortos durante
um baile funk
em
Paraisópolis e de pessoas que compareceram ao evento. Segundo a
pasta, essas pessoas tiveram acesso a atendimento domiciliar, após
decisão tomada em conjunto com a Defensoria Pública do Estado de
São Paulo e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social.
Também
participaram do programa pessoas que vivenciaram o tiroteio
ocorrido
em março do ano passado na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em
um bairro de Suzano, Grande São Paulo. A secretaria informou que as
equipes do Cravi realizaram rodas de conversa e atendimentos, que
foram oferecidos de forma regular por plantonistas. Ao todo, foram
feitos 572 atendimentos individuais.