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Estudo aponta Brasil em 9º lugar em produtos de nanotecnologia

17/09/2012 17h43 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Estudo aponta Brasil em 9º lugar em produtos de nanotecnologia

O Brasil ocupa o 9º lugar entre os 10 países com maior número de depósito de patentes em produtos desenvolvidos à base de nanotecnologia aplicada a fertilizantes. Esse é o

 

resultado de 11 meses de um estudo realizado por um grupo de analistas e pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos -SP), que será apresentado no V Encontro Acadêmico

de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento, a ser realizado de 19 a 21 de setembro (Rio de Janeiro – RJ).

A China e os Estados Unidos foram destaque no estudo no que se refere à produção  de conhecimento e tecnologias, representando também liderança em produção e consumo

de fertilizantes. Segundo o monitoramento, o Brasil  empatou  com  a Austrália  na  9ª  posição,  tanto em número de patentes depositadas  quanto na publicação  de  artigos  científicos.

O país  é  o  4º consumidor de fertilizantes e o 5º produtor de fertilizantes fosfatados.

A supervisora do Setor de Gestão da Prospecção e Avaliação de Tecnologias e analista de Propriedade Intelectual da Embrapa Instrumentação, Sandra Protter Gouvêa, responsável pelo estudo, explica que o monitoramento tem como objetivos o uso na reorientação de pesquisas em andamento, na finalização de resultados, evitando duplicação de esforços em Pesquisa & Desenvolvimento, na promoção de melhor inserção da tecnologia na cadeia produtiva, e na decisão estratégica sobre onde (em quais países) proteger resultados como patentes de invenção. “As informações reunidas no estudo serão fornecidas à Embrapa no intuito de orientação a ações de gestão de P&D, da propriedade intelectual, e de transferência de tecnologia” afirma.

A Embrapa Instrumentação é sede do Laboratório Nacional de Nanotecnologia aplicada ao Agronegócio e tem como uma de suas linhas de pesquisa a nanotecnologia aplicada à fertilizantes.

 

Segundo Sandra, o estudo permitiu avaliar as características desta área de conhecimento – nanotecnologia -, como a evolução temporal de esforços em P&D, países líderes em P&D e mercado de consumo e produção. “O aumento da produção de artigos, como do depósito de tecnologias em nanotecnologia aplicada a fertilizantes, é condizente com o aumento da demanda mundial por fertilizantes, indicativo de área tecnológica promissora no atendimento da demanda mundial por produção de alimentos”, avalia. O aumento reflete também o investimento em P&D para a área de nanotecnologia. Em 2005, foram 7,5 bilhões e, em 2007, 12 bilhões, a partir de recursos de investimento privado, segundo dados de 2010 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O monitoramento tecnológico em nanotecnologia aplicada a fertilizantes está sendo realizado em bases de dados mundiais – patente, artigos e mercado – e com o auxílio de

ferramentas bibliométricas para tratamento e análise dos dados. Através do estudo, foram colecionados, ao todo, 369 documentos de patentes. De acordo com a coordenadora do

estudo, as tecnologias  recuperadas  são  diversificadas,  representativas  do  emprego  de  produtos  e processos  que  envolvem  a  nanotecnologia,  como por exemplo,

 encapsulamentos nanoestruturados ou compostos contendo nanomateriais associados para liberação lenta ou controlada de fertilizante ou de misturas de fertilizantes, e o uso de

processos ou de produtos  que  envolvem  nanofiltros  ou  nanoestruturas  para  a  obtenção  de  compostos com  aplicação  como  fertilizantes.

O projeto de monitoramento tecnológico teve início em outubro de 2011 e deverá ser concluído no próximo semestre, “mas a ideia é que o monitoramento se torne uma ação

corporativa da Embrapa, nos temas de interesse”, espera Sandra. O grupo de estudo inclui ainda o pesquisador Caue Ribeiro, a analista Luciana Poppi e a supervisora de patentes

da Coordenação de Propriedade Intelectual da Secretaria de Negócios (SNE) da Embrapa, Luciana  Harumi  Morimoto Figueiredo.

O estudo faz parte do projeto INFOAGRO, liderado pela Secretaria de Negócios e que tem como objetivo principal auxiliar as ações de pesquisa e transferência de tecnologias

nas unidades da Empresa, por meio do uso da informação tecnológica para o monitoramento nas áreas de nanotecnologia e biotecnologia.

 

Fertilizantes

Como base de discussão dos resultados do estudo, foram comparados dados de relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2010) e da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) em tendências mundiais e nacionais para o consumo de fertilizantes. Segundo a FAO, o consumo mundial foi estimado em 161,7 milhões de toneladas em 2009, com previsão de alcance de 169,7 milhões de toneladas em 2010. Além disso, a demanda mundial por nutrientes fertilizantes deve crescer a uma taxa média anual de 2,6%, entre 2010 e 2014. No ano de 2009, a China destacou-se como o maior consumidor de fertilizantes, seguida da Índia e dos Estados Unidos. O Brasil ficou na quarta posição.

 

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