Óleo de navio encalhado no Maranhão pode ser retirado na quinta-feira
As cerca de 3,4 mil toneladas de óleo armazenadas no tanque
do navio Stellar Banner, encalhado a cerca de 100 quilômetros da costa
brasileira, no canal da Baía de São Marcos, no Maranhão, tem previsão de
começar a ser retiradas da embarcação a partir de quinta-feira (12). Para isso,
é feita continuamente uma reavaliação das condições seguras do mar pelas
empresas Ardent e OceanPact responsáveis pela operação.
O plano de remoção de óleo foi recebido pela Marinha do Brasil no domingo (08)
e aprovado nessa última segunda-feira (09). Segundo a Marinha, a situação do
Stellar Banner é estável, sem qualquer vestígio de óleo no mar e nem mudanças
no grau de inclinação. A embarcação está com uma carga de 275 mil toneladas de
minério de ferro, que tinha como destino a China.
“A princípio, bastará retirarmos (todo o óleo) e uma parte do minério para que
o navio recupere a capacidade de flutuação e possa ser retirado (do banco de areia)”,
disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante entrevista à
imprensa, na semana passada, após sobrevoar o local.
As empresas Ardent e Smit Salvage estão em fase de coleta de dados, informações
e avaliações para elaboração do Plano de Salvatagem, ou seja, de desencalhe e
recuperação do navio. Com o plano concluído, ele será encaminhado para a
aprovação da Marinha.
O incidente ocorreu no dia 24 de fevereiro, após o navio deixar o Terminal
Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, com destino à China. O problema
aconteceu nas proximidades da boia nº 1, no canal da Baía de São Marcos.
Construído em 2016, o Stella Banner tem 340 metros de comprimento por 55 metros
de largura. E é o segundo navio da Polaris Shipping a apresentar problemas após
deixar o Brasil carregando minério.
Em março de 2017, o Stellar Daisy naufragou após a tripulação comunicar que
havia água entrando na embarcação, que estava adernando a cerca de 2.400
quilômetros da costa do Uruguai. Dias depois do pedido de ajuda, dois tripulantes
foram resgatados, mas 22 trabalhadores que estavam a bordo do navio jamais
foram encontrados.