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Para Dilma, homenagem a Jango reafirma democracia

14/11/2013 17h18 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Para Dilma, homenagem a Jango reafirma democracia

A cerimônia em homenagem ao ex-presidente João Goulart, realizada nesta quinta-feira, 14, em Brasília, representa um gesto histórico e a afirmação da democracia, disse a presidente Dilma Rousseff, que recebeu os restos mortais de Jango com honras de chefe de Estado.

 

O ex-presidente foi deposto pelos militares em 1964 no episódio que deu início ao regime militar que durou até 1985. Ele morreu no exílio na Argentina, oficialmente vítima de um infarto. Os restos mortais de Jango, que estavam na cidade gaúcha de São Borja, sua terra natal, foram exumados para esclarecer suspeitas de que ele teria sido envenenado.

“Hoje é um dia de encontro do Brasil com a sua história. Como chefe de Estado da República Federativa do Brasil participo da recepção aos restos mortais de João Goulart, único presidente a morrer no exílio, em circunstância ainda a serem esclarecidas por exames periciais”, disse a presidente Dilma Rousseff em sua conta no Twitter.

Participaram da cerimônia ao lado de Dilma a ex-primeira-dama Maria Teresa Goulart e os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) além de várias lideranças políticas.

“Essa cerimônia que o Estado brasileiro promove hoje com a memória de João Goulart é uma afirmação da nossa democracia. Uma democracia que se consolida com este gesto histórico”, acrescentou Dilma.

João Goulart foi deputado estadual no Rio Grande do Sul e deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), do qual se tornou um dos principais líderes.

Foi ministro do Trabalho no governo democrático de Getúlio Vargas, seu padrinho político, sendo depois eleito vice-presidente da República, de Juscelino Kubitschek e de Jânio Quadros, numa época em que os vice-presidentes eram eleitos separadamente dos presidentes.

Jango assumiu a Presidência com a inesperada renúncia de Jânio em 1961, ficando no cargo até ser deposto pelo golpe de Estado de 31 de março de 1964. Poucos dias depois seguiu para o exílio no Uruguai e na Argentina.

 

Após o fracasso da criação de uma frente ampla de oposição ao regime militar, com Juscelino e o ex-governador Carlos Lacerda, passou a se ocupar principalmente da administração de suas propriedades rurais nos dois países vizinhos.

Há evidências documentais e depoimentos que indicam que Jango seguiu permanentemente monitorado por serviços de inteligência da região. Ele morreu aos 57 anos em 6 de dezembro de 1976 em uma de suas propriedades no município de Mercedes, na Argentina.

Em sua certidão de óbito consta um ataque cardíaco como causa da morte, mas uma autópsia nunca chegou a ser realizada e espera-se que, com a exumação de seus restos mortais, fique esclarecida o que causou a morte do ex-presidente.

 

 

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