13 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Brasil

Jornal Primeira Página > Notícias > Brasil > Renan e Cunha lançam pacote de medidas, mas negam estar contra o governo

Renan e Cunha lançam pacote de medidas, mas negam estar contra o governo

22/05/2015 12h27 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Renan e Cunha lançam pacote de medidas, mas negam estar contra o governo

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentaram ontem, 21, um pacote de medidas fiscais e administrativas. A lista, que inclui a elaboração de uma lei de responsabilidade fiscal para estatais e questões relacionadas ao pacto federativo, foi elaborada em uma reunião dos dois presidentes com líderes de partidos da oposição. No entanto, ambos negaram estar atuando contra o governo.

“Não é contra o governo, não é contra ninguém. Isso é o parlamento legislando aquilo que é da sua competência, procurando preservar os entes federados”, disse Cunha. No entanto, ao longo da entrevista, eles mencionaram o “tarifaço” do governo federal e se referiram ao serviço público como sendo de “péssima qualidade”.

O pacote de Renan e Cunha é apresentado no momento em que o governo federal trabalha na aprovação de medidas econômicas para promover o chamado ajuste fiscal, entre elas propostas que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. A votação das propostas no Congresso, porém, tem enfrentado resistência de partidos da oposição e mesmo da base aliada.

O principal item da pauta do pacote dos presidentes da Câmara e do Senado é a criação de uma comissão envolvendo deputados e senadores para elaborar, em 30 dias, a lei de responsabilidade fiscal com regras de governança e para indicação de diretores em estatais, inclusive aquelas com capital aberto como Petrobrás e Banco do Brasil. Cunha classificou com “acessória” a contemplação dos fundos de pensão na lei.

“Entendemos que esta é a grande resposta que o Brasil cobra. Este projeto vai dizer tudo o que é preciso dizer do ponto de vista da transparência, da profissionalização, dos investimentos, do planejamento, dos critérios para indicação dos diretores. Acho que este é um grande avanço institucional e o protagonismo do Congresso neste momento está recomendando que façamos isso como prioritário.”, afirmou Renan.

Hoje, as estatais têm certa autonomia administrativa e financeira e respondem diretamente ao Executivo. Por isso, o projeto que será gestado no Congresso pode ser visto como uma interferência do Legislativo, o que os presidentes negam.

“O Legislativo tem o poder de fiscalização não só do Orçamento, mas de todos os seus entes. Não fazê-lo pode até significar uma omissão”, disse Cunha.

O presidente da Câmara disse que as investigações de casos de corrupção em estatais como a Petrobrás motivaram o estabelecimento da comissão para criar a lei. Renan Calheiros cobrou apoio dos outros Poderes à legislação. “É muito importante que tanto o Executivo quanto o Judiciário façam coro com o Legislativo para que possamos ter essa lei de responsabilidade para melhorar controles, fiscalização e, sobretudo, garantir a transparência do dinheiro público”, afirmou.

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x