Rosa Weber condena três ex-dirigentes do Banco Rural
Terceira ministra do Supremo Tribubal Federal (STF) a votar na ação penal do chamado mensalão, Rosa Weber reconheceu nesta quarta-feira, 5, que houve crime de gestão fraudulenta nos empréstimos concedidos pelo Banco Rural ao PT e a agências de Marcos Valério e votou pela condenação de três ex-dirigentes.
“É impossível atribuí-las (as irregularidades) à inépcia ou negligência da instituição financeira”, disse ela, que chamou as transações de “simulacros fraudulentos”.
“Foge à ordem normal das coisas empréstimos jamais cobrados”, acrescentou ela, que também citou o empréstimo de 10 milhões de reais do Rural dentro do chamado mensalão mineiro e no qual o banco aceitou a devolução de apenas 2 milhões de reais para quitar a dívida.
Rosa Weber condenou Kátia Rabello e José Roberto Salgado pela responsabilidade dos empréstimos, e Vinícius Samarane, por ter omitido os riscos dos relatórios.
Ela inocentou Ayanna Tenório, por considerar que ela não tinha contato com Marcos Valério e que não há provas suficientes para considerar que ela teve conhecimento da irregularidade dos fatos.
Valério é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como principal operador do suposto esquema de compra de apoio político.
O relator da ação, Joaquim Barbosa, votou pela condenação dos quatro réus. Já o revisor, Ricardo Lewandowski, votou pela condenação de Rabello e Salgado e pela absolvição de Tenório e Samarane.