Tecnologias para ficar de olho em 2020
Estar
sintonizado com as transformações tecnológicas que impactam a forma como as
pessoas se relacionam com as marcas e que podem também influenciar
positivamente os negócios vem se tornando um desafio cada vez maior aos
profissionais de comunicação e marketing.
O CEO da Repense, Otavio Dias afirmou que todos os dias há mudanças acontecendo
nas tecnologias já consagradas e novas tecnologias surgindo também. “Pensando
nisso, a partir do estudo de tendências e observação comportamentais, a Repense
fez um levantamento dos assuntos-chave para ficar de olho em 2020”.
Confira o que tem potencial na área
tecnológica esse ano:
Fusão das mídias sociais com o e-commerce
Muitas marcas ainda gerenciam suas estratégias de mídias sociais e
e-commerce de forma independente e paralela, quando, na realidade, já deveriam
ser absolutamente integradas e interdependentes. Em 2020, o e-commerce e as
mídias sociais irão se unir definitivamente.
O Instagram, por exemplo, divulgou, em 2019, o Instagram Checkout, que oferece
aos usuários a conclusão de suas compras dentro da plataforma. Isso evita que o
cliente tenha que logar em outro site ou aplicativo para concluir sua
aquisição.
Além destes pontos, você provavelmente terá outros para acrescentar. Mas,
lembre-se: o excesso de informação, ao invés de ajudar, pode imobilizar também.
Por isto, identifique e priorize as tecnologias com maior influência e impacto
no seu setor de atuação, cerque-se de bons profissionais e parceiros, tenha
muita coragem para sair da sua zona de conforto e não tenha receio de testar,
errar e aprender, afinal, o mundo de hoje vive em BETA e o bom continua sendo
INIMIGO do ótimo.
Reconhecimento facial
De acordo com um relatório de pesquisa da empresa de inteligência de
mercado Component, o mercado global de reconhecimento facial deve crescer de
US$ 3,9 bilhões em 2019 para US$ 7 bilhões em 2024. Estamos cercados por câmeras,
alto-falantes e vários outros dispositivos inteligentes que nos monitoram em
tempo real, o tempo todo.
Estes sistemas de reconhecimento utilizam centenas de pontos de dados
diferentes para identificar, monitorar e prever nossas próximas ações prováveis,
tanto on-line quanto no mundo físico. Existe um valor tremendo em toda essa
descoberta. Afinal, o reconhecimento persistente permite que as empresas
aprendam mais sobre os consumidores e forneçam a eles um nível de
personalização que não poderia ser alcançado em escala de nenhuma outra
maneira.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial não é uma tendência em si, mas a terceira era da
computação. Ela faz parte de um ramo da ciência da computação que lida com a
simulação de comportamentos por meio de machine learning. Automação, agilidade,
precisão e, principalmente, predição são algumas das vantagens da IA que
impactarão empresas de toda e qualquer categoria.
De acordo com o Gartner Group, 87% das organizações estão buscando algum nível
de personalização da sua comunicação e é justamente a IA que tornará possível
que as experiências digitais e físicas se tornem hiperpersonalizadas, indo
muito além da análise dos cliques e do histórico de navegação, passando a
entender e prever como os clientes reagem ou se sentem. Segundo Kai-Fu Lee –
CEO da Sinovation Ventures (empresa fomentadora de startups que reproduziu em
Pequim o cenário de inovação que hoje só existe no Vale do Silício) –, que
esteve recentemente no Brasil para lançar o seu novo livro “Inteligência
Artificial”, a tecnologia computacional está aqui para nos lembrar exatamente
do porquê somos humanos e ela vem nos liberar dos trabalhos repetitivos e
braçais, que ocupam as mentes de quem deveria ter grandes ideias.
Consagração do uso de vídeos
O aumento da qualidade de conexão, a alta na oferta de conteúdo e a
multiplicação de formatos de vídeos em várias redes sociais vêm proporcionando
uma aposta crescente no uso de vídeos. Um estudo realizado pela Provokers
indicou que o tempo gasto pelos brasileiros em vídeos on-line aumentou 135%
entre 2014 e 2018.
Atentas a esse cenário, muitas empresas começam a apostar no formato para
engajar clientes e colaboradores. A tecnologia de vídeo continuará a simular e
melhorar a comunicação, agora com novos recursos, como a realidade virtual (RV)
e outras tecnologias imersivas, especialmente quando as organizações trabalham
para preencher as lacunas de talentos com equipes remotas.
Impulsionamento do uso de reconhecimento
de voz
Até este ano, metade de todas as buscas será por voz, aponta pesquisa da
ComScore. A chegada da Alexa da Amazon ao Brasil veio impulsionar e
democratizar ainda mais este acesso. Nesse novo mundo baseado em voz é preciso
entender o que o consumidor está buscando e pensar em conteúdos e serviços que
de fato resolvam algum de seus problemas, inserindo sua marca nesta nova
tecnologia de forma relevante e inclusiva e não de maneira interruptiva e
intrusa.
Importante lembrar que reconhecimento de voz não se trata apenas de “conversar
com um alto-falante inteligente”, pois as interfaces de voz estão agora em toda
parte, de eletrodomésticos inteligentes a quiosques interativos no ponto de
venda. Paulatinamente, os consumidores terão a expectativa de falar com mais
frequência do que digitam e isso afetará todas as empresas de entretenimento,
mídia e tecnologia;
Crescimento dos podcasts
Apesar de já existirem há algum tempo, os programas em áudio têm se tornado
uma ótima forma de obter alcance orgânico. É um formato que permite oferecer
algo às pessoas sem, necessariamente, pedir algo “em troca”. Um podcast pode
agregar valor e conteúdo, demonstrando a autoridade de uma marca sobre o seu
mercado.
Com a popularidade dos podcasts, audiolivros e outros conteúdos auditivos
crescendo ao lado do processamento de linguagem natural e controle de voz verão
também mais jogos de áudio, histórias interativas e outros produtos e serviços
de áudio dinâmicos e responsivos entrando no mercado.