A geografia de Israel no Antigo Testamento
As circunstâncias geográficas do lugar favorecem a colonização, o comércio, os empréstimos linguísticos
A história de Israel segundo as escrituras do Antigo Testamento transcorre num espaço de terra reduzido que compreende a faixa da costa oeste do Mediterrâneo oriental: – ao sul do Líbano e Síria – ao oeste do Jordão (ao leste foram descobertos diferentes assentamentos israelenses) – ao nordeste do Egito.
As circunstâncias geográficas do lugar favorecem a colonização, o comércio, os empréstimos linguísticos, e as tendências histórico-evolutivas.
As planícies sem bosques favorecem as operações militares. Tratando-se de um terreno tão desigual não deve estranhar uma variedade linguística, apesar de manter uma verdadeira familiaridade.
A promessa de Gn 15, 18-21 reflete também o terreno onde ocorrem os principais acontecimentos do povo de Israel.
O país está situado entre grandes civilizações: os vales dos rios Eufrates e Tigre e o Vale do Nilo, e ao sul da Ásia menor e Síria.
O território d’Israel faz parte de Síria desde o ponto de vista ecológico, étnico e linguístico. Podemos distinguir duas Sírias: uma, a atual Síria; e a outra compreende: Líbano, Israel e Jordânia.
A flora e a fauna vêm determinadas pela geografia e o clima, e são o fundamento das possibilidades de vida das pessoas e do seu desenvolvimento.
As casas, as atividades, os utensílios… refletem o meio físico (a costa irregular de Fenícia favorecem a sua utilização como portos de mar naturais…), o comércio e a indústria dependem deste meio: a situação das cidades não é acidental, as rotas comerciais se situam ao redor dos rios. Inclusive a topografia do país influi na sua organização e administração política. As expressões religiões refletem, às vezes, as condições geográficas e climáticas.
Para entender um pouco a civilização da época vale destacar que, o conhecimento da vida e as circunstâncias dos povos vizinhos são essenciais para compreender a religião e a vida de Israel.
A religião e a sociedade de Israel reproduzem a estrutura e a evolução das sociedades e as religiões mesopotâmicas e cananeias: símbolos, metáforas, formas de religiosidade (festas e ritos)… Sem esquecer que são as vivências pessoais e comunitárias as que constroem aquilo que denominamos “literatura bíblica”. No século XIV a.C. a organização social do país era do tipo cidades-estado.
Parece que Israel obtinha do seu clima, topografia, flora, os produtos necessários para sua própria subsistência: Dt 8, 7-10
“Porque o Senhor, teu Deus, vai conduzir-te a uma terra excelente, cheia de torrentes, de fontes e de águas profundas que brotam nos vales e nos montes; uma terra de trigo e de cevada, de vinhas, de figueiras, de romãzeiras, uma terra de óleo de oliva e de me, uma terra onde não será racionado o pão que comeres, e onde nada faltará; terra cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas extrairás o bronze, Comerás à saciedade, e bendirás o Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu .”
O nome que se conhece à época é o de Canaã. Aparece em textos cuneiformes do III milênio a Ebla. A sua origem está relacionada com a elaboração da púrpura vermelha, importando artigo de exportação para o país.
Outro nome faz referência à chegada dos filisteus por volta do s. XII à região oeste, Palestina.
Ao Antigo Testamento o nome que se emprega é Filistiim. A forma grega de Palestina é Palaistiné, que deriva de Filistiim em referência aos filisteus que habitaram o território. Atualmente, este é o nome genérico do território. Herodoto (V a.C.) é o primeiro que o usa, e os romanos o introduzem depois dos fatos do 132-135 d.C., substituindo o nome tradicional de Judéia.
Terra d’Israel, 1Sm 13,19, se utiliza frequentemente na literatura rabínica.
Este mês de abril, é marcado pelas festividades de 73 anos de independência do Estado Judeu.
Deus abençoe você!
Gisele Botêga
Missão Consagra-te
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