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“A saúde de São Carlos está de pernas pro ar”, diz dona de casa

28/10/2013 22h58 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
“A saúde de São Carlos está de pernas pro ar”, diz dona de casa

Após aguardar por mais de 3h por atendimento no Hospital Escola (HE) por causa de uma cólica de rins, a dona de casa Clariane Claudino de 30 anos desabafou, “a saúde de São Carlos está um caos, de pernas pro ar”. Indignada com o descaso, procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado, por volta das 17h. Porém, a unidade também estava com atrasos no atendimento.

 

A atendente Melissa Varandas chegou por volta das 14h15 à UPA e só foi chamada para ser atendida às 17h11. Segundo ela, no horário de chegada a unidade estava lotada, com pacientes dentro e fora do prédio, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Neste momento, as atendentes da UPA começaram a prever a média de 4h para o atendimento.

“Disseram que uma médica faltou, e não havia médicos suficientes para atender a quantidade de pessoas na hora. Além disso, chegou um caso urgente que retardou mais o atendimento”, reclamou.

Melissa ainda disse que muitas pessoas impacientes com a situação desistiram do atendimento e foram embora. A partir daí, muitos dos presentes começaram a reclamar e pedir agilidade no atendimento, pois tinham muitas pessoas com mal-estar.

A paciente usou a rede social para protestar contra o atendimento e relacionou políticos em seu texto como sendo os culpados da crise na UPA. Ela finalizou: “Espero que essa situação um dia seja resolvida, que pessoas sejam tratadas com respeito e dignidade… lamentável…”  

Por volta das 17h30, a situação já estava melhorando, porém a espera ainda era, em média, de 2h.

Neste momento, era possível encontrar o pai Marcos Roberto Muller, 45 anos, que chegou com a filha de 13 anos à unidade por volta das 16h. A menina reclamava de dores de cabeça, náuseas e vômitos. Na madrugada de segunda, 27, Muller disse que levou a filha ao HE e diagnosticaram uma virose, porém não receitaram nenhum medicamento. “Pediram que eu a levasse no postinho do bairro, mas hoje é feriado e a UBS está fechada e minha filha ainda está passando mal”, ressaltou.

Nenhum atendente da UPA comentou sobre os atrasos no atendimento e também não disse quantos médicos estavam de plantão na UPA.

O diretor de atenção pré-hospitalar, Renato Rizzoli, explicou que o atraso no atendimento nas duas unidades de saúde, alvos de reclamação, aconteceu muito em função dos pacientes de tratamento de doenças crônicas, já que no sistema de pronto atendimento é priorizado os casos de urgência e emergência. “Todos são atendidos, porém alguns acabam esperando por mais tempo”, explica.

O diretor ainda comentou que a Secretaria de Saúde tem ciência da demanda desta população pela falta de estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em atendê-la, por isso da procura por atendimentos nos prontos socorros.

“Sabemos que hoje nas UBS os atendimentos são deficitários para os tratamentos de doenças crônicas. A nova gestão da saúde busca melhorar o sistema de saúde na eficiência dos atendimentos e valorização dos profissionais”, concluiu.

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