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Agropecuária de Precisão é abordada na Embrapa

24/11/2011 08h06 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Agropecuária de Precisão é abordada na Embrapa

Até sexta-feira (25), a Embrapa Instrumentação,em São Carlos, realiza a II Convenção da Rede de Agricultura de Precisão (AP) da Embrapa, formada por vários grupos de pesquisa que reúne cerca de 200 pesquisadores das 19 unidades da Embrapa espalhadas pelo Brasil.

Segundo Ricardo Inamasu, coordenador da rede de agricultura de precisão da Embrapa, são grupos bem ativos que durante a convenção ganham a oportunidade de interagir e discutir os resultados uns dos outros e convergirem resultados. “Isto trás uma nova expectativa, cria novos objetivos, encontra novas oportunidade e tudo isso é uma sinergia que alimenta muito positivamente a pesquisa”, explica.

A AP teve seu início há cerca de 15 anos e para alguns pesquisadores tem surgido de certa forma lenta, mas bastante consistente. “A grande vantagem da agricultura de precisão é trabalhar a variabilidade que existe no solo ou na planta de uma mesma área. É identificar variedades no local e tratar de forma diferente”, comenta Izaías de Carvalho Filho, técnico do Ministério da Agricultura que participa do encontro.

O coordenador da rede explica que a AP tem se mostrado um tema importante. “Fizemos um levantamento e constatamos que é um tema que tem ‘esquentado’ de uma forma muito intensa, principalmente quando falamos de uma agricultura mais sustentável e de meio ambiente. É uma ferramenta que ao mesmo tempo promove aumento de renda do agricultor e, com a mesma técnica favorece o meio ambiente através de menores impactos, o que poucas tecnologias promovem”, explica. Isaias também acredita no grande papel que a AP vem desenvolvendo. “A agricultura de precisão é o uso de informações georeferenciadas para que possamos utilizar na gestão da agropecuária, na otimização dos insumos e diminuir os impactos ambientais. Cada um tem uma maneira diferente de ver, por isso temos que discutir e caminhar para um mesmo objetivo”, comenta referindo-se ao encontro realizadoem São Carlos.

A AP é uma tecnologia sistêmica entendida como um processo de gestão. “No campo, existe variabilidade, o que é isso, por exemplo, numa mesma propriedade se produz duas toneladas por hectare em uma área e na outra 8 toneladas e o produtor usa o mesmo tratamento. É óbvio que em algum ponto está sendo aplicado mais insumo e no outro menos”, explica Ricardo referindo-se a como a AP pode ser aplicada.

Para Izaías a visão do Ministério da Agricultura e de outras instituições que trabalham com a agricultura de precisão, é de que a pesquisa já tem muitas respostas, mas falta aproximar ainda mais o produtor desta tecnologia, principalmente, através de uma assistência técnica qualificada. “Hoje, quem presta este serviço são empresas privadas. Não temos nada contra, mas existe metodologias completamente diferentes, muitas questionadas pelos próprios pesquisadores que estão aqui hoje. Por isso, a questão de qualificar”, comenta Izaías.

Edição Jeferson Vieira

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