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Anvisa estuda flexibilização de fitoterápicos

07/03/2013 11h29 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Anvisa estuda flexibilização de fitoterápicos

Ao longo dessa semana a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem discutido a flexibilização das regras em vigor que controlam a comercialização de remédios fitoterápicos. Estuda também a criação do “produto tradicional fitoterápico”, uma nova categoria de medicamento. 

 

Medicamento que contém apenas ativos vegetais (ao contrário de outros, que podem conter princípios biológicos e sintéticos), atualmente os fitoterápicos são considerados medicamentos. Sendo assim, muitas das plantas tradicionais devem ter sua eficácia e segurança comprovada em estudos científicos, o que não acontece em muitos casos.

A proposta da Anvisa ao criar o “produto tradicional fitoterápico” é reconhecer a segurança e eficácia do medicamento pelo seu uso tradicional. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, nos últimos anos houve queda no número de fabricantes dessas substâncias: em 2008 eram 119 e passaram a 78 em 2011. Houve também queda no total de produtos no mercado: de 512 para 384, no mesmo período.

Segundo Rose Mendonça, proprietária da Farmácia Natureza, após a mudança na legislação, as vendas sofreram grande queda: “Muita gente procura, mas hoje a legislação mudou muito, então todo tipo de produto natural precisa de receita médica, e isso complicou muito.Medicamentos que a gente vendia direto, tinha pronto no balcão, hoje não podemos fazer diante de uma solicitação do cliente, somente se tiver receita médica. As vendas caíram cerca de 70%”.

Patrícia Acioli, proprietária da Cerealista Pag Lev, que não vende remédios, mas sim algumas das plantas, diz: “Todo mundo vem buscar um pouco de cada coisa. Não tem um público específico. Nós não indicamos nada. A gente apenas vê no livro, consulta o livro para ver a especificidade. A maior parte das pessoas vêm já sabendo o que vai comprar”.

Questionada sobre o que mais é vendido, ela afirma: “Sai muito cavalinha (que o pessoal usa como diurético)  sai muito erva de bicho (que o pessoal procura para circulação”.

Há 20 anos no ramo, ela afirma que a venda é uma coisa muito relativa, tendo épocas em que as vendas aumentam e outras em que elas diminuem.

Adailza Ferreira Soares, proprietária de uma banca que vende plantas medicinais na praça do comércio, diz: “O pessoal vem procurar carqueja, que é para o fígado, para emagrecimento. Eles procuram também sene, catuaba, guaraná, artemísia… Procura quase tudo que tem”. Ela firma que muitas vezes os próprios médicos indicam e as pessoas vão procurá-la: “E vem gente de toda a idade. A planta não reage como o remédio da farmácia, ela reage devagarinho.

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