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Apeoesp faz campanha O professor tem pouco a comemorar

14/10/2013 22h02 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Apeoesp faz campanha O professor tem pouco a comemorar

Instaurado pelo Decreto Federal 52.682 de 14 de outubro de 1963, a comemoração oficial do Dia dos Professores completou 50 anos. Mas segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp), hoje, Dia dos Professores, a categoria “tem pouco a comemorar”. Este é o título da campanha de outdoor lançada pelo sindicato:

 

“A ideia é chamar a atenção da população para o fato de, apesar da importância da educação, e dentro da educação, do professor, no dia a dia essa importância não é dada”, explica Ronaldo Mota, professor e conselheiro da Apeosp.

Nos cartazes espalhados pela cidade, o sindicato relaciona os baixos salários com o abandono da carreira, as condições de trabalho com o adoecimento de professores, a aprovação automática com a futura exclusão social, e a não aplicação da lei da redução da jornada de trabalho com a baixa qualidade na educação.

Quanto a este último aspecto, Azuaite Martins de França, Diretor Executivo e Regional do Centro do Professorado Paulista, afirma ser que a profissão de professor é diferenciada; que cada aula e cada classe são diferentes: “Daí a necessidade de o professor ter tempo de se preparar, de estudar, de avaliar os alunos”.

 Para Azuaite, que atuou como professor por 38 anos, a sociedade tem muito que comemorar no sentido de chamar a atenção para o respeito que as famílias, os governantes, e os patrões devem em relação aos professores. Ele afirma que a educação é o principal fator civilizatório de um país: “E o mundo sabe disso”.

Mas educação, segundo ele, não é apenas a transmissão de conhecimento: “Ela deve despertar para o sonho e para a luta em busca do próprio destino; nos educamos na medida em que modificamos atitudes e nos aprimoramos”.

Questionado sobre os esforços da sociedade civil em busca de melhora na educação, ele diz: “Ela tem um interesse extremamente difuso. Algumas ong’s buscam melhorar o ensino, mas é como a história do Barão de barão de Munchausen que, preso num pântano, tenta sair puxando a si mesmo pelos cabelos”.

  

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação questionando-a sobre as críticas da Apeosp, mas até o fechamento desta edição não havia recebido a resposta.

 

 

 

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