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Aracy sofre com abandono em obras da saúde

04/01/2017 10h20 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Aracy sofre com abandono em obras da saúde

A Prefeitura de São Carlos promoveu, na manhã de ontem, uma visita a três obras que estão inacabadas ou não foram entregues à população. O cenário encontrado pela imprensa e parte do corpo de secretários da gestão Airton Garcia é o mais desolador possível. Na Unidade de Saúde da Família do Cidade Aracy, uma catadora de recicláveis reside na obra.

Nas salas destinadas à USF, muitos reciclados e lixo por todos os cantos. Edilânia Andrade Dantas, que gosta de ser chamada de ‘vizinha’, se considera uma vigilante da obra. “Fico aqui com os recicláveis e durmo para os ‘noias’ [usuários de drogas] não entrarem e roubarem o que eu recolho nas ruas. Preciso ganhar um dinheirinho para sobreviver”, comentou. Ela disse que muitos usuários de entorpecentes procuram a obra abandonada todos os dias. “Eles querem cheirar… fumar…”, descreveu.

Questionada sobre o período em que reside na USF, ela respondeu: “faz uma cara”. Ela conta que integrantes da antiga gestão apareceram na obra em algumas ocasiões. “Mas não fizeram nada”, desabafou.

A USF começou a ser construída em 2011, de acordo com a Prefeitura, com recursos de emendas parlamentares dos ex-deputados federais Antônio Palocci e Cândido Vacarezza. Na unidade visitada e na dos bairros Santa Angelina e Arnon de Mello foi investido R$ 1,9 milhão. Já em 2013, o ex-vereador Idelso Paraná (PROS) chamava a atenção quanto ao abandono da obra.

Na ocasião, as placas de proteção caíram, o que permitiu a invasão do espaço. “O Cidade Aracy é um bairro muito populoso e precisa de uma atenção especial na área da saúde. Esta unidade de saúde da família iria melhorar em muito o atendimento da demanda daquela região, pois iria descongestionar as demais unidades e, no entanto, está abandonada. Por isso peço às autoridades da cidade para que, na medida do possível, retomem esta obra com o máximo de urgência”, disse o então parlamentar, em abril. 

UPA – O vice-prefeito Giuliano Cardinali (PSD) coordenou as visitas. Os secretários também passaram pela Unidade de Pronto Atendimento do Cidade Aracy. O prédio foi entregue por Paulo Altomani (PSDB) no dia 23 de dezembro e no início dessa semana, o prédio já apresentou o primeiro: uma porta foi arrombada.

“Precisamos ocupar esse prédio o mais rápido possível. Estudamos a melhor forma: ou por meio de uma OS (Organização Social) ou remanejamento de funcionários. Precisamos tomar muito cuidado com o limite prudencial”, disse. Há licitações em curso para a mobília, raio-x e informatização, algo estimado em R$ 2 milhões.

Colenci informou que haverá um novo estudo sobre a licitação do raio-x, uma vez que são necessários 12 funcionários para operacionalização. O custo estimado para colocar em funcionamento a Unidade de Pronto Atendimento é de R$ 1,2 milhão, com 180 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais. O secretário de Saúde prevê que, desse valor, o Ministério da Saúde deve destinar entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. A respeito da ocupação na USF Aracy, Caco Colenci alertou que há um problema social a ser resolvido pela Prefeitura.

A equipe da Prefeitura visitou as USF do Jardim Zavaglia. As obras começaram em 2012. Houve a retomada no governo Paulo Altomani e foi paralisada novamente. Em novembro de 2016, o Ministério da Saúde autorizou o pagamento de R$ 600 mil de emenda parlamentar do deputado Lobbe Neto (PSDB). A administração passada anunciou a finalização da obra, mas os trabalhos não foram recomeçados. 

 

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