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Câncer de pele é preocupação dos que trabalham ao sol

06/01/2012 07h41 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Câncer de pele é preocupação dos que trabalham ao sol

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, em 2012, o Brasil deve registrar mais de 134 mil novos casos de câncer de pele. Muitas profissões exercidas ao ar livre exigem exposição solar intensa durante períodos prolongados. Para tais trabalhadores, o risco para o desenvolvimento da doença é ainda maior.

Já que estar exposto à luz do sol para alguns é algo inevitável, utilizar equipamentos de proteção individual – dispositivos utilizados pelo trabalhador a fim de presevar a própria segurança e saúde – é essencial.

De acordo com Oswaldo Franco, operário da construção civil, a empresa onde trabalha exige o uso de camisa de manga longa, calça, óculos escuros, touca árabe – que protege a região do pescoços e as orelhas – e luvas. “Hoje em dia eu tenho consciência de que eu devo cuidar da minha saúde, principalmente da minha pele, pois eu trabalho oito horas diárias exposto ao sol e essa proteção é fundamental. Eu prefiro sentir a camiseta esquentar um pouco do que sentir o sol queimar diretamente na minha pele, principalmente na região da nuca e das orelhas”, afirma.

Porém, não são todos que têm esse cuidado. É o caso de uma agente de Área Azul que preferiu não se identificar. V.R, apesar de trabalhar com calças, camisa de manga longa e boné, relata que, como tem a pele mais escura, nunca se preocupou em protegê-la. “Quase nunca utilizo protetor solar, não vejo motivos, minha pele é morena e nunca tive problemas de queimadura, nada”, declara.

No entanto, segundo o médico dermatologista Dr. Wildemar Quatrocchi, a pele possui diferentes classificações, que vão desde o Tipo I (a pele de cor branca, muito sensível ao sol) até o Tipo VI (pele de cor preta, insensível ao sol). “Em primeiro lugar, a pessoa deve fazer um exame clínico para saber que tipo de pele possui. Pessoas com pele Tipo I e II têm maior sensibilidade à luz e, portanto, maior probabilidade de desenvolver queimaduras, manchas e até mesmo câncer de pele. Mas mesmo o indivíduo que esteja dentro da classificação mais alta, é recomendável utilizar algum tipo de proteção”, explica.

Segundo ele, durante o verão intenso, o ideal é que o protetor seja reaplicado a cada duas horas. “Um bom fator é o 30. Os protetores com fator acima de 60, por exemplo, realmente protegem mais, mas é uma diferença pequena, em torno de 2% a 3% a mais. O essencial é que o produto proteja contra raios ultravioleta A e B, pois a pessoa que usar protetor que tenha somente um dos dois está sujeita a ter problemas no futuro”, alerta o Dr.Quatrocchi.

 

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