Casa sustentável é construída por alunos do Jesuino de Arruda
Alunos das salas de 8ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Jesuíno de Arruda elaboraram, com orientação e supervisão de professores, uma casa sustentável, feita de materiais reutilizados. O projeto tenta sensibilizar e conscientizar a população sobre os problemas ambientais como o desperdício de água e o descarte impróprio do lixo.
A casa estará aberta à visitação da comunidade na segunda-feira, 3, a partir das 16h, na própria escola.
De acordo com uma das professoras envolvidas no projeto, Lizlane Aparecida Trevelin, o grande objetivo do trabalho é despertar no aluno o interesse e conscientização sobre a importância de reutilizar materiais que são descartados e prejudicam o meio ambiente.
Usando métodos artesanais, os alunos tiveram o desafio de construir um cômodo, empregando materiais básicos do dia a dia e que normalmente são descartáveis pelas pessoas na construção. O projeto também estimulou a pesquisa dos alunos para a escolha dos materiais e quais as formas de reaproveitamento.
Outro trabalho produzido por alunos do segundo ano do Ensino Médio, do período noturno e sob a supervisão do professor José Maurício Ortega, é a fabricação de forno elétrico que funciona à base de energia solar e assa alimentos como um forno convencional. Em trinta minutos, consegue armazenar o calor e aquece por volta 70ºC. Na visitação será demonstrando sua funcionalidade, assando batatas para degustação do público. Foram criados também pelos alunos aquecedores solares feitos com materiais reutilizáveis e de modo artesanal.
“O primeiro intuito do projeto é o trabalho coletivo, voluntário e o aprendizado sobre a reutilização dos materiais que erradamente vão para o lixo, ajudando assim a coleta seleie envolvidas no projeto, Lizlane Aparecida Trevelintinas de garrafas pets dinativa”, comenta Ortega.
A garrafa pet, por exemplo, é um material que gera um grande impacto no meio ambiente e foi utilizada na construção de uma parede, funcionando como tijolos, cheias de areia ou água, são resistentes e sustentam a argamassa.
As telhas utilizadas para cobertura do cômodo foram doadas e feitas de material reciclado de caixa de leite tetrapack. A sustentação é feita com madeira de eucalipto tratada de reflorestamento, doada pela empresa Postes Irpa. A madeira recebeu um produto que aumenta sua durabilidade.
A argamassa utilizada foi feita da mistura de barro, um pouco de cimento e o biocal, um produto líquido novo no mercado. Foram confeccionadas cortinas de garrafas pet de refrigerantes que decoram e protegem o ambiente interno. Além de lâmpadas com luz natural feitas de garrafas plásticas de água mineral. O chão foi revestido por bloquetes recicláveis, fabricados pela usina de Prohab.
A casa também possui um sistema de coleta da água chuva que será armazenada em caixa d’água e reutilizada na irrigação de uma horta de verduras e outra medicinal, que será concluída em uma segunda fase do projeto.
Para decoração, os alunos também fizeram móveis decorativos para a área interna do cômodo, como pufs e vasos feitos de garrafas pets.
“Em termos de filosofia de vida, este trabalho também vem agregar, pois quando foi lançado o desafio, os alunos ficaram inseguros para realizar a atividade; após a concretização da primeira etapa, todos ficaram contentes e satisfeitos com o resultado”, afirma Trevelin.