Centro passa por obras e causa transtornos

Há um mês e meio os alunos do Centro Educacional Infantil (CEI) Bruno Panhoca, no bairro do Azulville, convivem com um problema sério: resto de materiais de construção e entulhos entre suas brincadeiras. O lixo acumulado é fruto de uma reforma que começou em outubro e tem prazo de término para janeiro de 2012. Enquanto isso, as crianças terão de continuar correndo o risco de se machucar e pegar alguma doença proveniente dessas obras.

Segundo a Secretaria de Educação da cidade, não houve registro de nenhum caso de problemas com a saúde das crianças em decorrência da reforma. Houve sim, casos isolados de resfriados em decorrências das mudanças climáticas sendo que o número de ocorrências não são maiores que os anteriores ao início das obras. “As crianças não ficam em ambientes onde as obras estão acontecendo, ficam em ambientes que garantem a segurança não só para os alunos como também para os professores e funcionários que atuam na unidade escolar”.

Segundo a nota da secretaria, seria o ideal fazer as reformas no período de férias, porém, ao todo foram firmados compromissos de reformar as 51 unidades escolares e mais 8 Escolas do Futuro, montante de serviços que seria impossível de executar em quarenta dias, pois a empresa contratada para execução dos serviços de pintura e reforma dos prédios públicos tem a obrigação de reformar cinco escolas simultaneamente.

O diretor administrativo do Centro, Roselei Françoso, em entrevista ao portal EPTV.com, explicou que a orientação passada à construtora responsável pela obra é para tomar todos os cuidados necessários quanto à segurança das crianças.

Segundo Françoso, o portão da escola ficará fechado. O diretor confirmou que vai determinar que as obras não sejam feitas nas áreas onde as crianças ficam. O CEMEI Bruno Panhoca  atende 54 crianças nas idades de zero a 3 anos. A Secretaria  garante que no retorno em 13 de fevereiro os pais encontrarão uma nova unidade, que após 26 anos de funcionamento recebe uma grande reforma.

OPINIÃO DE ESPECIALISTA – Apesar da tranquilidade da Secretaria de Educação, o médico pediatra Normando Lima alerta para os perigos da exposição de crianças a esses resíduos de contrução civil. “É um grande problema para a saúde da criança, pode causa problemas como respiratório e irritação de olhos, por exemplo”. O pediatra ressalta ainda que, lugar de criança pequena, é em casa, e não em creches.