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Diabetes: a epidemia do século XXI

31/03/2012 10h13 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Diabetes: a epidemia do século XXI

O diabetes está se tornando a epidemia do século XXI e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. Estudos indicam que, no Brasil, a cada dois minutos e 18 segundos uma pessoa se torna diabética.

Hoje, segundo dados do Ministério da Saúde, o diabetes mellitus atinge mais de 11 milhões brasileiros e, se não for bem controlado, pode levar, a longo prazo, ao comprometimento da visão e da função renal, além de outras complicações crônicas. Estima-se que 50% das pessoas que têm diabetes, doença que pode atingir desde crianças a idosos, desconheçam a sua própria condição.

De acordo com o endocrinologista Dr. Eugênio Cardinalli, o diabetes é caracterizado pelo aumento da taxa de açúcar no sangue (glicemia), geralmente causado pela falta de insulina ou por um defeito no seu mecanismo de ação. “Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a pessoa considerada normal apresenta glicemia de jejum entre 70 mg/dl e 99mg/dl e inferior a 140mg/dl duas horas após sobrecarga de glicose. Já aquelas que apresentam glicemia de jejum entre 100 a 125mg/dl, dizemos que possuem intolerância à glicose, sendo consideradas pré-diabéticas. O diabético, por sua vez, pode ser assim avaliado quando apresentar resultado igual ou acima de 126mg/dl”, explica.

Segundo ele, o diabetes apresenta diferentes formas clínicas, podendo ser carcaterizado como diabetes mellitus tipo I, cuja causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina ou diabetes mellitus tipo II, no qual ocorrem diversos mecanismos de resistência à ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, constatada na maioria dos pacientes que apresentam o distúrbio. “Cerca de 80% dos casos são diabetes tipo II, que, geralmente, pode ser prevenido ou ter o seu aparecimento retardado em pessoas geneticamente predipostas. Manter peso normal, praticar atividade física regularmente, não fumar e manter a pressão arterial sob controle estão entre os comportamentos e as medidas que devem ser adotadas por aqueles que não querem pertencer ao grupo de risco”, ressalta o Dr. Cardinalli.

O endocrinologista salienta que o plano alimentar, geralmente associado ao uso de medicamentos, é ponto fundamental no tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. “O controle nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, e prevenir as complicações agudas e crônicas, a fim de promover a saúde geral do paciente. A saúde, como já se sabe há muito tempo, está intimamente ligada com a alimentação”, finaliza.

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