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“Dor no estômago pode ser sintoma de infarto”, disse médico

26/07/2017 10h14 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
“Dor no estômago pode ser sintoma de infarto”, disse médico

Dados da Santa Casa de São Carlos mostram a quantidade de casos de infartos que ocorreram nos três últimos anos, 2015, 2016 e 2017. 

No ano de 2015 foram 330 casos, em 2016 esse número aumentou para 513 e em 2017, analisando o período até 20 de julho, houve 255 casos. De acordo com o dr. Sérgio Berti, médico cardiologista e coordenador do Serviço de Cardiologia da Santa Casa de São Carlos, o paciente deve ficar atento aos sintomas  e sempre que necessário buscar ajuda de um profissional. “Às vezes, mesmo havendo a obstrução de uma artéria do coração, o paciente vai ao médico, faz os exames necessários e não é detectado nada de anormal. Muitas vezes a obstrução não é tão grave a ponto de causar isquemia em repouso ou em esforço”, disse.

No entanto, alertou o médico, pacientes hipertensos, diabéticos ou fumantes, têm uma chance maior de ter uma instabilidade na placa de gordura e, portanto, os riscos de sofrer um infarto são maiores. Ele fez um alerta também para que os pacientes não se prendam ao sintoma característico que indica um infarto. Segundo Berti, o sintoma comum é uma dor característica no meio do peito, um pouco para o lado esquerdo e que irradia para o braço. Acompanha a dor uma sudorese fria e enjoo e é em aperto e contínua. No entanto, o médico alerta que há outros tipos de dor que indicam uma causa cardíaca, por exemplo, uma dor no estômago. 

Sérgio afirmou que muitas vezes o paciente sente uma dor no estômago e acredita ser uma úlcera e não procura um médico. Segundo o especialista, existe uma artéria no coração que quando está com algum problema gera dor no estômago e não no peito e o paciente está tendo um infarto. Berti alerta que se o paciente tiver com dor no estômago e que não tenha relação com alimentação e é uma dor nunca sentida antes, ele deve procurar a ajuda de um profissional, pois a situação pode ser grave. “Agora se é uma dor que já acontece há algum tempo e passa com alguma medicação, o paciente pode ficar tranquilo”, disse.

Outra dor que pode estar relacionada a um infarto e que talvez as pessoas não tenham conhecimento, alerta o especialista, é uma dor na região da mandíbula, que muitas vezes o paciente acredita ser uma dor dente e não é. “Dor abaixo da mandíbula até o estômago deve ser vista com cuidado, pois pode ser indicativo de um infarto”, disse. Além disso, dor em torniquete nos braços também pode indicar a doença cardíaca e Sérgio orienta que o paciente deve sempre fazer o eletrocardiograma.

Infarto – Segundo Sérgio Berti, o infarto acontece quando há obstrução da artéria do coração. O médico faz uma comparação do infarto com um vulcão. “Imagina uma obstrução dentro da artéria como se fosse um vulcão. Ele está ali, quietinho, sem transtorno. Porém, se entra em erupção, ou seja, se a camada da placa de gordura se rompe, o conteúdo vai direto para o vaso. O organismo, como forma de proteção, cria forma um coágulo”, disse. Esse coágulo entope o vaso e a passagem de sangue fica interrompida e a célula vai sofrendo isquemia, o que causa a dor no peito, e morre. “O infarto nada mais é que a morte celular. Pode ser um infarto renal, cerebral ou do miocárdio, o músculo do coração”, finalizou o médico. 

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